Problemas como a queda de granizo e a formação de geada preoucupam agricultores do oeste do Paraná. A safrinha de milho se desenvolve bem, mas é preciso ficar atento aos sinais do céu.

Ao chegar à propriedade de Eduardo Lange, em Cascavel, é impossível não reparar nos pés deitados no chão. A queda foi provocada por um vendaval no mês passado. “A quebra deve chegar até 20% em algumas áreas”, lamenta.

Na maior parte dos 150 hectares, as espigas estão enormes e enchem o produtor de orgulho. O clima colaborou, tem chovido bastante há várias semanas e o milho cresce saudável em muitas lavouras do oeste do Paraná.

Motivo de preocupação entre os agricultores é o preço. Na época do plantio, a saca de 60 quilos estava em torno de R$ 25 na região, agora, que a maior parte das áreas está na fase de frutificação, algumas entrando na maturação, que é a última etapa, o preço já caiu para R$ 21 a saca.

O agricultor está com medo do comportamento do mercado quando começar a colheita. “A gente esperava o preço do milho na safrinha a R$ 25, R$ 26, mais ou menos, o mesmo da safra de verão, só que agora, em plena entressafra, o preço está caindo. Eu não consigo entender como este mercado está funcionando”, diz o agricultor Elci Dalgalo.

O Paraná reduziu a área plantada com milho na safrinha em 12% e a produção deve chegar a 9,9 milhões de toneladas, queda de 5% em relação à safrinha passada.