O mercado brasileiro de milho deve ter uma segunda-feira marcada por uma melhor movimentação nos negócios, acompanhando a alta do dólar frente ao real e os ganhos na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Nos preços, o cenário ainda é de baixa, por conta da pressão de oferta proveniente da safrinha.
O mercado brasileiro de milho teve preços pouco alterados na última sexta-feira (8). Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a semana terminou com inexpressivo fluxo de negócios.
“Os consumidores locais seguem focados no recebimento do milho previamente negociado, atuando ainda de maneira tímida. A percepção é que o avanço da colheita no decorrer do mês resultará em um quadro mais confortável de abastecimento. No entanto, precisa ser mencionado que a paridade de exportação será o balizador dos preços”, apontou Iglesias.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 86,50 (compra) a R$ 88,50 (venda) a saca (CIF) para julho. Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 86,50/88,50 a saca para julho.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 80,50/85,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 80,00/83,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 82,00/84,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 90,00/94,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 75,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 71,00/R$ 73,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 65,00/70,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
- Os contratos com entrega em setembro de 2022 operam com alta de 19,00 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 3,00%, cotada a US$ 6,52 1/4 por bushel.
- O cereal estende os ganhos do final da semana passada, diante da previsão de clima quente e seco para algumas regiões produtoras dos Estados Unidos e da Europa.
- Os investidores também se posicionam frente ao relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta terça, às 13 horas (horário de Brasília).
- O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar na terça-feira (12), a partir das 13h, o relatório de oferta e demanda de julho, trazendo estimativas de oferta e demanda de milho norte-americano e mundial para a temporada 2022/23.
- Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 14,520 bilhões de bushels de milho em 2022/23, ficando acima dos 14,460 bilhões de bushels indicados em junho, mas aquém da safra 2021/22, que está estimada em 15,115 bilhões de bushels. A produtividade média deverá atingir 177 bushels por acre, sem alterações frente ao rendimento indicado em junho e na safra 2021/22.
- Os estoques finais de passagem da safra 2022/23 norte-americanos devem ser indicados em 1,433 bilhão de bushels, acima dos 1,4 bilhão de bushels indicados no mês passado. Para a safra 2021/22, os estoques finais de passagem devem ser elevados de 1,485 bilhão de bushels para 1,491 bilhão de bushels.
- Para a safra global 2022/23, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 310,7 milhões de toneladas, acima das 310,5 milhões de toneladas previstas em junho. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2021/22 sejam apontados em 311,4 milhões de toneladas, acima das 310,9 milhões de toneladas indicadas no mês passado.
- A safra de milho do Brasil 2021/22 deverá ser indicada em 116,5 milhões de toneladas, acima das 116 milhões de toneladas apontadas em maio. Já a safra da Argentina 2021/22 deve ser apontada em 52,5 milhões de toneladas abaixo das 53 milhões de toneladas previstas no mês passado.
- Sexta-feira (8), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 6,33 1/4 por bushel, ganho de 24,25 centavos de dólar, ou 3,98%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2022 fechou a sessão a US$ 6,23 1/2 por bushel, alta de 27,25 centavos, ou 4,57% em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
- O dólar comercial registra alta de 1,42% a R$ 5,3430. O Dollar Index registra alta de 0,91% a 107.98 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
- As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -1,27%; Tóquio, +1,11%.
- As principais bolsas na Europa registram índices baixos. Londres, com – 0,26%; Paris, -0,71% e Frankfurt, -0,78%.
- O petróleo opera em acentuada baixa. Agosto do WTI em NY: US$ 101,23 o barril (-3,39%).
AGENDA
- Segunda-feira (11/07)
- Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12hs.
- O Ministério da Economia divulga o resultado parcial da balança comercial de julho, após as 15h.
- Dados de comercialização de soja, milho e algodão no MT – Imea, 16hs.
- Relatório de condições das lavouras dos EUA – USDA, 17hs.
- Terça-feira (12/07)
- Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.
- Relatório de oferta e demanda mundial e norte-americana de julho – USDA, 13hs.
- Quarta-feira (13/07)
- China: A balança comercial de junho será publicada na noite anterior pela alfândega.
- Reino Unido A leitura do Produto Interno Bruto (PIB) de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
- Reino Unido: A produção industrial de maio será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
- Alemanha: A leitura do índice de preços ao consumidor de junho será publicada às 3h pelo Destatis.
- Eurozona: A produção industrial de maio será publicada às 6h pelo Eurostat
- EUA: O índice de preços ao consumidor de junho será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.
- A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana anterior será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
- EUA: O Livro Bege, relatório com uma avaliação da situação econômica, será publicado às 15h pelo Federal Reserve.
- Quinta-feira (14/07)
- Japão: A produção industrial de maio será publicada às 1h30 pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.
- O Banco Central divulga, às 9h, o Indice de Atividade Econômica (IBC-Br) referente a maio.
- EUA: O índice de preços ao produtor de junho será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.
- Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.
- Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
- Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.
- Sexta-feira (15/07)
- China: A produção industrial de junho será publicada na noite anterior pelo departamento de estatísticas.
- China: A leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre será publicada na noite anterior pelo departamento de estatísticas.
- Eurozona: O saldo da balança comercial de maio será publicado às 6h pelo Eurostat.
- Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.
- EUA: Os dados sobre a produção industrial em junho serão publicados às 10h15 pelo Federal Reserve.
- Intenção de Plantio de soja, milho, arroz, algodão e feijão – SAFRAS & Mercado, 12hs.
- Dados de esmagamento de junho dos Estados Unidos – Nopa, 13h.
- Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.
- Custos de produção de soja, milho e algodão no MT – Imea, 16hs.
- Estoques de café dos EUA em junho – GCA, 16hs.