Um novo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que as colheitadeiras já passaram em 70,1% dos 187,7 mil hectares cultivados, representando atraso de 16,22 pontos percentuais (p.p) relação ao último ciclo, que atingia na mesma época 86,3%. O Noroeste surge em seguida com atraso de 16,03 p.p, sendo 75,5% dos 86,7 mil hectares colhidos (88,5% ano passado) e posteriormente  o Nordeste, com atraso de 14,21 p.p, e 82,2% dos 208,4 mil hectares (96,4% ano passado) “visitados” pelos maquinários.

O levantamento do Imea mostra ainda que o atraso na região Sudeste chega a 13,79 p.p com 70% dos 548,7 mil hectares cultivados colhidos (no mesmo período do ano passado eram 83,8%). No Oeste as colheitadeiras já passaram por 75% dos 365,8 mil hectares cultivados, representando atraso de 9,76 p.p (ano passado já atingia 84,8%). O atraso no Médio-Norte é de 8,45 p.p com 89,9% da safra já colhida nos 1,5 milhão de hectares (a no passado era 98,4%). No Norte, dos 25,3 mil hectares, 77,2% foram colhidos, com atraso de 12,80 p.p (ano passado era 74,3%).

O instituto acredita que a safra de milho bate a projeção de 17,3 milhões de toneladas. No boletim de acompanhamento divulgado, hoje, não é apontada uma nova previsão, no entanto, a expectativa é sustentada pelo ritmo da colheita, que já atinge 82,1%.  “Com a estimativa da produtividade ponderada da safra total em 99 sc/ha para o Estado, já estão disponível até o momento no mercado cerca de 15,4 milhões de toneladas do cereal”, destacou.

Conforme Só Notícias/Agronotícias já informou, apesar da expectativa de uma safra mais robusta, o instituto apontou preocupação com os problemas de logística. “A expectativa de uma safra ainda mais “robusta” confrontará também com os problemas já sofridos pelo gargalo logístico neste ano. As perspectivas para os próximos meses não são animadoras para a cotação do milho mato-grossense, uma vez que, a safra norte-americana, que já está se definindo, deverá lançar a partir de setembro no mercado um milho com preços mais competitivos que o brasileiro. Desta forma, os produtores devem ficar atentos ainda mais aos leilões do governo, para poderem comercializar seu milho evitando prejuízos”.