Publicado em: 09/01/2025 às 07:30hs
O Brasil, um dos maiores produtores de milho do mundo, estima alcançar 119,8 milhões de toneladas na safra 2024/2025, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, fatores climáticos e pragas, como a cigarrinha do milho, têm impactado o potencial produtivo. A cigarrinha é o principal vetor das doenças do complexo de enfezamento e raiado fino, que afetam diretamente o rendimento da cultura, como explica Samir Filho, coordenador de Desenvolvimento de Mercado da Acadian Plant Health (APH) no Brasil.
Com o objetivo de ajudar os agricultores brasileiros a superar esses desafios, a APH, em parceria com a UNESP de Botucatu, conduziu um estudo para avaliar a eficácia de bioativadores à base de Ascophyllum nodosum, uma alga marinha exclusiva das águas frias do Atlântico Norte. O estudo, realizado durante as safras de 2023 e 2024, focou na aplicação foliar do extrato da alga marinha, combinado com inseticidas biológicos, em condições de campo no Brasil.
Os efeitos do extrato de Ascophyllum nodosum foram analisados em comparação com tratamentos de controle, como plantas protegidas contra cigarrinhas (controle positivo) e plantas expostas ao ataque das pragas (controle negativo). Entre os principais resultados, destacam-se:
Embora o extrato de Ascophyllum nodosum não atue diretamente no combate à cigarrinha do milho, ele se revelou um importante aliado no fortalecimento das plantas, proporcionando maior resistência a estresses bióticos e abióticos. Samir Filho destaca que o uso desse bioativador resulta em plantas mais robustas, com menor estresse oxidativo e maior tolerância a infecções, contribuindo para a produtividade do milho.
A Ascophyllum nodosum, matéria-prima dos produtos da APH, é encontrada exclusivamente em zonas intermaré das águas frias do Atlântico Norte, onde enfrenta condições extremas de temperatura e salinidade. Essas condições inóspitas fizeram com que a alga desenvolvesse mecanismos de defesa e compostos bioativos que a protegem contra essas adversidades. Esses compostos têm sido utilizados para criar soluções inovadoras no manejo de culturas como o milho, beneficiando a agricultura brasileira.
Fonte: Portal do Agronegócio
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