Publicado em: 22/04/2010 às 10:15hs
Mas o Ministério da Fazenda não libera recursos para os leilões da Conab. Se no Paraná sobram muito mais de 30 mil toneladas de milho só em Cascavel “armazenadas” embaixo de lonas, no Mato Grosso existem 4 milhões de toneladas paradas, sendo 2 milhões já compradas pelas Conab, enquanto Ministério da Fazenda e o da Agricultura discutem a portaria interministerial de liberação de orçamento para escoar esse montante do grão.
O Mato Grosso precisa desse aval do Governo o quanto antes, pois é se preparam para colher até 10 milhões de (t) da cultura da safrinha. Hoje, na região central do país a saca de 60 quilos do milho é comercializada a R$ 6,00, enquanto o valor mínimo é de R$ 13,20. O frete castiga a logística que é o caos do país no meio agrícola. Em reunião com o novo Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o presidente da Aprosoja, Glauber Silveira reivindicou todos os problemas enfrentados em todo o país e acredita que ele seja a pessoa mais bem capacitada para ajudar os produtores rurais que arcam com os prejuízos desta empresa a céu aberto, desde logística à política de preços.
Para a soja a situação não é nada diferente, uma vez que a safrinha de milho é cultivada após a safra de soja, onde os preços caíram até R$ 14. Silveira relata que o produtor que deixou para comercializar parte da sua produção no fim da safra, tem total prejuízo, sem condições de cobrir os custos da produção e, que também só cresce no país, seu endividamento agrícola.“Precisamos o quanto antes sinalizar (a decisão do Governo sobre os leilões para escoamento) para o produtor porque esse foi uma safra que não deu renda”. Segundo Glauber, a média de colheita de safra foi de 50 sacas por hectare, o que varia entra sojicultor que colheu até 55 sacas e outro, 40 sacas. Em valor, o que era comercializado antes da plantação à R$ 38 a saca, hoje está valendo R$ 24 no Mato Grosso. “O produtor está faturando, em média, R$ 500 por hectare a menos”.
Fonte: Notícias Agrícolas
◄ Leia outros artigos