Publicado em: 18/06/2025 às 15:00hs
Cientistas chineses desenvolveram uma variedade de tomate geneticamente editada que promete transformar a agricultura urbana sustentável. A nova planta reduz em até 85% o espaço necessário para o cultivo em sistemas verticais, diminui o ciclo de colheita em 16% e aumenta a produtividade em 180%. Além disso, o cultivo demanda menos energia, com maior eficiência por metro quadrado.
O estudo, publicado em maio no Journal of Integrative Plant Biology, foi conduzido pelo Instituto de Genética e Biologia do Desenvolvimento da Academia Chinesa de Ciências, em parceria com o Laboratório Nacional de Yazhouwan. A equipe modificou genes ligados à biossíntese de giberelinas — hormônios que regulam o crescimento de caules e raízes — e combinou esses ajustes com genes que aceleram a floração e sincronizam a maturação dos frutos. O resultado são plantas compactas, de ciclo curto e perfeitamente adaptadas para estruturas verticais.
Conhecida como “fábricas de plantas”, a agricultura vertical utiliza camadas sobrepostas com iluminação artificial e ambientes controlados para a produção intensiva de alimentos. Esse modelo vem se tornando cada vez mais essencial diante da crescente urbanização, das mudanças climáticas e da redução das áreas agrícolas tradicionais. A nova variedade de tomate eleva ainda mais a eficiência desses sistemas.
Para Miguel Ángel Sánchez, diretor executivo da ChileBio, essa inovação representa muito mais do que um avanço técnico. Segundo ele, “é uma prova concreta do potencial da biotecnologia para transformar os sistemas alimentares do século XXI”. Além disso, os genes editados estão presentes em outras hortaliças, o que pode ampliar a aplicação da tecnologia para diversos cultivos urbanos, acelerando a revolução verde nas cidades.
Fonte: Portal do Agronegócio
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