Fruticultura e Horticultura

Santa Catarina projeta safra de maçã 28% maior em 2025/26 com aumento de produtividade

Produção deve chegar a 615 mil toneladas, com destaque para a variedade Fuji; especialistas alertam sobre impactos de preços no mercado de grãos


Publicado em: 06/10/2025 às 12:00hs

Santa Catarina projeta safra de maçã 28% maior em 2025/26 com aumento de produtividade
Foto: Epagri
Produção de maçã deve crescer significativamente

A produção de maçãs em Santa Catarina para a safra de verão 2025/26 está projetada em 615 mil toneladas, registrando um aumento de 28% em relação ao ano anterior. O dado foi divulgado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) nesta segunda-feira (29).

Apesar de uma leve redução de 0,3% na área cultivada, a produtividade média deve subir 28,4%, alcançando 35,7 mil kg por hectare, resultado de técnicas aprimoradas de manejo e clima favorável durante a floração e frutificação.

Variedades e regiões com maior produção

A variedade Fuji lidera a produção, ocupando 53,8% da área plantada e respondendo por 51,2% da produção estimada. Em seguida, a Gala representa 44,3% da área e 47,2% da produção, enquanto as maçãs precoces correspondem a 1,9% da área e 1,6% da produção total.

Os Campos de Lages concentram a maior parte da safra, com 83,1% da produção estadual, seguidos por Joaçaba (11,2%) e Curitibanos (5,6%).

O aumento do volume produzido deve resultar em melhores margens para os produtores e preços mais competitivos no mercado nacional.

Estimativas de outras culturas

Além da maçã, o Epagri/Cepa divulgou estimativas para outras culturas, incluindo arroz, soja, milho (grão e silagem), feijão, banana e tabaco. A tendência geral é de crescimento na produtividade, embora haja atenção especial para possível retração nos preços, especialmente nos grãos.

Alertas sobre preços e planejamento agrícola

A analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Glaucia Padrão, ressalta que o aumento da oferta interna na safra anterior pressionou os preços de grãos, exigindo revisão de estratégias pelos produtores catarinenses.

“É fundamental que os agricultores analisem o mercado e tomem decisões regionais para equilibrar custos e retornos, garantindo um planejamento mais seguro para a nova safra”, afirma Glaucia.

Fonte: Portal do Agronegócio

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