Publicado em: 06/10/2025 às 11:05hs
A safra de uva no Rio Grande do Sul segue em ritmo positivo, impulsionada por condições climáticas favoráveis. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (2) pela Emater/RS-Ascar, o cultivo apresenta bom andamento em diversas regiões do Estado, com destaque para o equilíbrio no crescimento das plantas e ausência de doenças graves.
Na região administrativa de Caxias do Sul, a poda seca já foi concluída, e as videiras estão em plena brotação, com vigor vegetativo satisfatório. A Emater destaca que não há registros relevantes de doenças fúngicas ou pragas, e os vinhedos apresentam boa emissão de brotos e cachos — um indicativo de produtividade promissora para a safra.
Além disso, o manejo das plantas de cobertura vem sendo realizado por meio de roçadas e acamamento, auxiliando na conservação do solo e no controle de umidade. As temperaturas amenas observadas nas últimas semanas também têm contribuído para a redução de doenças nas videiras.
Na região de Frederico Westphalen, as cultivares apresentam estágios variados de desenvolvimento. A variedade Vênus está em fase de flores abertas e limpeza dos cachos, enquanto a Bordô encontra-se com inflorescência visível e flores agrupadas. Já as Niágara Rosada e Branca estão com cerca de 25% de flores abertas.
Outras variedades, como Seyve Villard e Carmem, encontram-se entre as fases de primeira folha separada até o alongamento da inflorescência. As demais cultivares apresentam ponta verde com duas a três folhas separadas, indicando avanço gradual no ciclo produtivo.
Entre as principais práticas realizadas pelos produtores, destacam-se a desbrota — remoção de brotos em excesso ou mal posicionados — e a desponta, que consiste no corte de ramos muito vigorosos para melhorar a entrada de luz e favorecer a floração.
A adubação foliar também tem sido intensificada, com aplicação de boro e cálcio, essenciais para o florescimento e fixação das bagas, além de nitrogênio, potássio e magnésio, nutrientes fundamentais para o desenvolvimento dos frutos e para a manutenção da fotossíntese.
O monitoramento de doenças típicas da primavera, como míldio, oídio e antracnose, segue de forma contínua nas propriedades. Paralelamente, os viticultores mantêm o manejo da cobertura vegetal, o tutoramento e a amarração dos ramos, garantindo melhor condução das plantas e maior eficiência na produção.
Com o clima favorável e o bom andamento das atividades de manejo, a expectativa é de uma safra equilibrada e de alta qualidade, consolidando mais uma temporada positiva para os produtores de uva do Estado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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