Publicado em: 06/05/2025 às 11:50hs
A intensificação da colheita em abril gerou uma pressão negativa nas cotações da raiz, impactando diretamente a rentabilidade dos agricultores da região. Com preços significativamente inferiores aos de 2023, os produtores enfrentam um cenário desafiador à medida que se aproximam da temporada de inverno.
A cenoura colhida na safra de verão 2024/25 tem sido comercializada com valores consideravelmente baixos. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a caixa de cenoura “suja” de 29 kg foi negociada por R$ 15,25 em abril de 2025. Esse valor está muito abaixo dos R$ 108,00 por caixa registrados no mesmo período de 2024.
O principal fator que contribuiu para essa queda acentuada no preço foi a intensificação da colheita, que começou a ocorrer em abril. A grande oferta de produto no mercado pressionou as cotações para baixo, agravando ainda mais a situação financeira dos produtores.
Vale destacar que o ciclo de 2023/24 foi atípico para a cenoura, com uma oferta bastante restrita e qualidade comprometida devido às chuvas volumosas nas lavouras desde o início da semeadura. Esse cenário contribuiu para uma escassez de produto no mercado, resultando em preços mais elevados, o que contrastou com os preços baixos registrados neste ano.
Diante dessa realidade, os produtores de cenoura de São Gotardo enfrentam um cenário de grande incerteza. Muitos estão desanimados e preocupados com o futuro próximo, especialmente com o início da temporada de inverno, quando tradicionalmente o consumo de cenouras tende a aumentar. A expectativa é que a safra de inverno possa ajudar a estabilizar os preços, mas os produtores permanecem cautelosos, dado o histórico recente de desafios climáticos e de mercado.
A safra de cenoura 2024/25 em São Gotardo reflete um quadro de preços baixos e incertezas para os produtores. A expectativa é que o início da temporada de inverno traga alguma melhoria, mas os agricultores permanecem apreensivos diante de um cenário de oscilações constantes nas cotações e nas condições de produção.
Fonte: Portal do Agronegócio
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