Publicado em: 18/11/2013 às 16:20hs
A agricultora Mari Tessman, 39 anos, vive com o marido, Márcio, 46 anos, e o filho, Tiago, de 13 anos. O casal produz uvas para suco e vinho, vende a fruta in natura, e produz tabaco.
“Ganhamos R$ 16 mil por hectare por ano com o fumo; com a uva ganhamos o dobro”, relata a agricultora. Com a comercialização de três mil litros de uva, por exemplo, consegue vender a R$ 5 o litro.
O casal enche os olhos para falar sobre o assunto preferido atualmente: a produção de uvas merlot e bordô. “A gente está diversificando a produção. Consigo ganhar mais dinheiro com a uva do que com o fumo. O parreiral rende a partir de dois anos, mesmo assim vale à pena”, diz Márcio.
A família Tessman tem financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do projeto do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) pelo Programa Nacional de Diversificação da Produção em Áreas Cultivadas com Tabaco. No apoio para a consolidação da produção agrícola da família e de outros agricultores da região, estão as cooperativas – a Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar) e o Sistema de Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária (Cresol).
“Pretendemos reduzir a plantação de tabaco porque faz mal para a nossa saúde”, diz a agricultora. “A uva dá bem menos trabalho que o fumo e não faz mal para a gente. Quando tu colhes fumo, não dorme”, descreve Mari. Ela conta que, no período da colheita, que vai de novembro a março, o casal trabalha 20 horas por dia. De março a agosto, as atividades chegam a 18 horas diárias. Por isso, Márcio e Mari diminuíram a plantação de tabaco que, há dez anos, era de 90 mil pés e, atualmente, é de 30 mil pés.
“Também pensamos muito de uma forma ecológica, o fumo leva muito agrotóxico. Na uva também usamos, mas com relação ao fumo é bem menos”, Mari acrescenta.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
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