Publicado em: 14/03/2013 às 13:00hs
Para isso, foi realizada na última quarta-feira (06) uma reunião com o grupo de trabalho (GT) para elaboração do projeto piloto definindo as bases técnicas e orçamentárias para a instalação de viveiros telados em pontos estratégicos do Estado, visando à inserção dos produtores da agricultura familiar.
Segundo a coordenadora do Programa Fitossanitário do Citros da Adab, Suely Brito, essa missão interinstitucional tem sido possível graças à coordenação da Embrapa, na pessoa do pesquisador Alberto Vilarinhos, o qual, durante a reunião, apresentou ao grupo de trabalho um recente estudo realizado no Recôncavo Baiano, em que se caracterizou o perfil dos viveiristas e sua atividade.
Dentre os resultados apresentados, destacam-se aqueles que influenciam diretamente a elaboração e execução do projeto em construção, a exemplo da faixa etária, 48% dos entrevistados encontra-se entre 41 e 60 anos e o tamanho da propriedade, 40% não ultrapassa cinco tarefas, cuja produção média anual é de aproximadamente 15 mil mudas cítricas. A pesquisa também constatou que dentre as variedades de copa e porta-enxerto, a laranjeira pêra e limoeiro cravo são, respectivamente, responsáveis por 70% e 90% da produção. Os produtores se apresentaram solícitos ao projeto e, quando arguidos sobre a opinião acerca da implantação de viveiros telados na Bahia, 50% dos entrevistados disseram ser favoráveis ao novo sistema de produção de mudas cítricas em ambientes telados.
Para o diretor de defesa agropecuária da Adab, Armando Sá, do ponto de vista técnico e legal, os resultados obtidos com a pesquisa de opinião contribuíram para o grupo compreender a importância social do segmento de produção de mudas para a cadeia produtiva dos cítricos, considerando todos os aspectos da ambiência da agricultura familiar na Bahia. “Não podemos perder tempo para a implantação do sistema de produção em ambiente protegido, haja vista as ameaças fitossanitárias que rondam a citricultura baiana, a exemplo de Cancro Cítrico e Huanglongbing (HLB)”, ressalta Sá.
A reunião foi encerrada pelo Diretor Geral da Adab, Paulo Emílio Torres, informando que, no dia 22 de março, acontecerá o fórum estadual com a reunião de todos os secretários municipais de agricultura, oportunidade em que ele apresentará a demanda de viveiros telados para a Bahia. “Essa estratégia visa ampliar a abrangência da atividade para outros municípios do Estado”, finaliza Torres, lembrando que, para minimizar o risco fitossanitário na cultura dos citros, torna-se necessário um forte trabalho de conscientização e capacitação dos citricultores, almejando a consolidação do mercado consumidor de mudas de qualidade.
O GT-Viveiros Telados, formado pelo corpo técnico de 15 profissionais, vem se reunindo desde 2012 em prol da citricultura baiana, e, neste encontro, participaram os representantes da EMBRAPA/CNPMF, MAPA-SFA/BA, EBDA, grupo Maratá, Citrograf, Adab, Secretarias Municipais de Agricultura, além de técnicos da Câmara Estadual de Citricultura e Associações de Produtores e Comerciante de Mudas do Estado.
Fonte: SEAGRI BA - Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária
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