Foto: FMC

O mercado interno de frutas cítricas mantém ritmo de negociação neste início da safra 2025/26, conforme apontam levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A movimentação inclui as primeiras laranjas da nova temporada e as tangerinas poncã, mesmo diante da atual incerteza causada pela nova tarifação imposta pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras de suco de laranja.

Laranjas precoces dominam entregas à indústria

Segundo o Cepea, as laranjas do grupo das precoces ainda compõem a maior parte das frutas destinadas à indústria de suco. Essas variedades, colhidas antes da safra principal, têm liderado o volume de entregas para o processamento industrial.

Limões em baixa devido à entressafra

Em relação aos limões tipo tahiti, a oferta segue limitada no mercado. A baixa disponibilidade é atribuída ao período de entressafra, o que restringe a presença da fruta nas negociações atuais.

Tangerina poncã entra na reta final no Sudeste

Já a colheita da tangerina poncã caminha para o encerramento na região Sudeste. A fruta, que teve presença relevante no mercado nas últimas semanas, começa a deixar os pomares à medida que a safra se aproxima do fim.

Indústrias operam com cautela frente à tarifação dos EUA

O Cepea ressalta que, em meio ao cenário de incertezas provocado pelas novas tarifas dos EUA, as indústrias brasileiras têm evitado firmar novos contratos. Atualmente, estão operando apenas com frutas recebidas via mercado spot ou com contratos já estabelecidos.

Qualidade das frutas processadas ainda é limitada

Como a safra principal ainda não teve início e o volume disponível se concentra em variedades precoces, as frutas que estão sendo processadas apresentam limitações de qualidade, segundo observam os pesquisadores do Cepea.

O setor, portanto, segue em compasso de espera, atento aos desdobramentos do cenário internacional, enquanto a safra 2025/26 começa a ganhar ritmo no mercado interno.