Fruticultura e Horticultura

Limoeiros tem menos resposta ao greening

A comparação foi feita com a laranjeira


Publicado em: 20/05/2021 às 08:20hs

Limoeiros tem menos resposta ao greening

Os limoeiros mostraram menos resposta ao patógeno da doença do greening dos citros  do que as laranjas, de acordo com o que afirma a American Society of Plant Pathology. A doença do greening dos citros foi descoberta pela primeira vez na Flórida em 2005 e, depois disso, a produção de laranjas nos Estados Unidos para processamento diminuiu 72 por cento entre a temporada de cultivo de 2007-2008 e a temporada de cultivo 2017-2018. 

Como atualmente não há cura para a doença do greening dos cítricos, muitos produtores estão preocupados com sua rápida disseminação e muitos fitopatologistas estão focados em aprender mais sobre a natureza complicada dessa doença. Para adicionar a este crescente corpo de conhecimento sobre a doença do greening dos citros, um grupo de cientistas trabalhando na Califórnia, Nova York e Washington comparou as primeiras respostas de duas variedades de citros, o limão Lisboa e a laranjeira Washington, à infecção com Liberibacter asiaticus, o patógeno que causa a doença do greening dos citros. 

Esses cientistas realizaram uma análise molecular abrangente que mostrou que os limoeiros de Lisboa tinham menos resposta molecular ao patógeno do que as laranjeiras de Washington. Em parte, isso pode ser porque as folhas de limões infectados tendem a acumular micronutrientes, resultando em menos impacto na fotossíntese. Além disso, os inibidores de protease, importantes para a defesa das plantas, foram regulados positivamente nos limões. 

"Esses resultados podem ser importantes no desenvolvimento de variedades cítricas que são mais tolerantes ou talvez resistentes ao patógeno HLB", disse Carolyn Slupsky, bióloga de sistemas da UC Davis que participou da pesquisa. "Nossa pesquisa destaca algumas características-chave que diferenciam as variedades cítricas mais tolerantes das mais suscetíveis e podem ser usadas para desenvolver novos cultivares resistentes aos efeitos desse patógeno”, completa.

Fonte: Agrolink

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