Publicado em: 19/12/2025 às 09:00hs
O Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) encerra 2025 com resultados positivos, apesar dos impactos das enchentes de 2024. Segundo o presidente do instituto, Claiton Wallauer, a produção começou a se recuperar:
“Colhemos mais do que em 2024 e registramos crescimento, ainda que abaixo do esperado, mas condizente com a realidade pós-enchentes. Os preços ao produtor se mantiveram elevados frente ao mercado internacional, o que foi positivo. O único ponto desfavorável foi o volume um pouco menor do que estimávamos.”
O ano também foi marcado por maior aproximação com os associados, fortalecendo o diálogo entre produtores, pesquisadores e demais elos da cadeia produtiva.
O IBPecan promoveu encontros técnicos durante a Expointer, no Enapecan e em outras agendas, reunindo academia, produtores, setor de implementos, agroquímicos e assistência técnica.
Entre os destaques, a parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), coordenada pelo Pró-Pecã em conjunto com a Emater, possibilitou a realização de pesquisas de campo para mapear a situação da pecanicultura no estado. A iniciativa fortaleceu o acesso a informações atualizadas sobre produção, manejo e desafios da atividade.
Em 2025, o instituto celebrou avanços nos programas de pesquisa vinculados ao Pecã 2030, nas Unidades de Referência em Pecanicultura e nos estudos conduzidos com a Embrapa. Tecnologias usadas em países líderes na produção de noz-pecã estão sendo adaptadas à realidade brasileira, estimulando a implantação de novos pomares e aproximando a meta de 15 mil hectares cultivados até 2030.
O IBPecan projeta que a safra de 2026 será significativamente maior, com pomares em formação e áreas já produtivas atingindo maior maturidade:
“Se o clima colaborar, devemos ter uma colheita superior à de 2025. O ideal é alcançar entre 6,5 mil e 7 mil toneladas, permitindo atender o mercado interno e garantir oferta consistente para o mercado externo”, afirma Wallauer.
A entidade também trabalha para ampliar a articulação entre os elos da cadeia da pecan, fortalecendo a integração entre produtores, indústria, pesquisa, assistência técnica e mercado, visando crescimento conjunto e rentabilidade equilibrada.
Outro ponto que deve ganhar força em 2026 é a cooperação internacional. Em 2025, o IBPecan participou de encontros técnicos na Argentina e recebeu representantes argentinos e uruguaios no Enapecan. Essa aproximação deve ampliar a troca de informações, pesquisas e estratégias de manejo, fortalecendo a pecanicultura sul-americana com foco em qualidade, competitividade e exportação.
“Entramos em 2026 mais preparados e confiantes. O setor está alinhado, com pesquisa avançando, novos pomares entrando em produção e cooperação internacional crescente”, conclui o presidente.
Fonte: Portal do Agronegócio
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