Publicado em: 09/12/2025 às 10:20hs
O governo federal anunciou o reajuste do preço mínimo da uva industrial 15º glucométricos — padrão que indica o nível de doçura da fruta — para R$ 1,80 por quilo na safra de 2026. O novo valor representa um aumento de 6,5% em relação ao praticado neste ano e será válido de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2026 para produtores das regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
A atualização foi definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com base em proposta apresentada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O reajuste foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) por meio da Portaria nº 867.
De acordo com estudos técnicos da Conab, o reajuste acompanha a elevação dos custos variáveis de produção da uva industrial, que impactaram diretamente o orçamento dos viticultores em 2025.
Entre os principais componentes que contribuíram para o aumento do custo total estão:
O novo preço mínimo, segundo a Conab, garante ao produtor a cobertura dos custos variáveis da produção, assegurando viabilidade econômica e incentivando a continuidade da atividade vitícola no país.
A definição dos preços mínimos agrícolas é uma política estratégica do Governo Federal para proteger o produtor em períodos de instabilidade de mercado. Esses valores são fixados antes do início da safra, oferecendo previsibilidade e segurança financeira aos agricultores.
Caso os preços de mercado fiquem abaixo do mínimo estabelecido, o governo pode intervir por meio de aquisições públicas ou subvenções, garantindo que o produtor não tenha prejuízos e mantendo a oferta de alimentos no mercado.
O reajuste do preço mínimo da uva industrial reforça o comprometimento do Governo Federal com a sustentabilidade econômica da cadeia produtiva da uva e do vinho, que possui forte relevância nas regiões Sul e Nordeste, especialmente em polos tradicionais como Serra Gaúcha (RS) e Vale do São Francisco (PE/BA).
Além de assegurar renda ao produtor, a medida contribui para o planejamento das safras, estimula o investimento em tecnologia e manejo e fortalece a competitividade do setor vitivinícola brasileiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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