Publicado em: 09/09/2025 às 11:35hs
O melão produzido em Goiás chegou ao mercado internacional. A primeira remessa, de 20 toneladas, partiu de uma lavoura de 10 hectares em Porangatu, região norte do Estado. A operação marca a estreia do melão goiano na pauta de exportação, reforçando a presença das cucurbitáceas do Estado, que já incluem melancia e abóbora, no comércio externo.
A abertura desse mercado só foi possível graças à parceria entre a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), produtores e responsáveis técnicos. O trabalho conjunto assegurou que a produção atendesse às exigências fitossanitárias internacionais, garantindo qualidade e rastreabilidade dos frutos.
“O Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, garante que nossos produtos cheguem ao mercado externo com qualidade, rastreabilidade e segurança. Esse esforço coletivo amplia o espaço das frutas goianas no cenário internacional e fortalece a economia do Estado”, afirma José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa.
Em 2025, a Agrodefesa acompanha 40 lavouras de cucurbitáceas em Goiás com foco na exportação, incluindo 37 áreas de melancia, duas de abóbora e uma de melão, totalizando 492 hectares distribuídos por Carmo do Rio Verde, Itapuranga, Jaraguá, Porangatu e Uruana. A produção estimada soma 33,5 mil toneladas: 30.410 de melancia, 2.590 de abóbora e 500 de melão.
O gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Leonardo Macedo, destaca que o acompanhamento técnico é essencial para abrir portas nos mercados internacionais. “A cada safra, consolidamos a confiança internacional na defesa agropecuária goiana. Esse é um diferencial que garante competitividade às frutas produzidas no Estado”, afirma.
O processo de exportação envolve controle rigoroso da mosca-das-frutas (Anastrepha grandis), realizado por técnicos habilitados e fiscalizado pela Agrodefesa. Entre as etapas estão:
Mário Sérgio de Oliveira, coordenador do programa Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para cucurbitáceas da Agrodefesa, explica que apenas lavouras comprovadamente livres da mosca-das-frutas recebem autorização para exportar, garantindo rastreabilidade e segurança até o destino final.
O engenheiro agrônomo e responsável técnico da lavoura de Porangatu, Enio Gomes Gontijo Júnior, ressalta que a exportação do melão é resultado de planejamento e esforço conjunto. “Não se trata apenas de produzir um fruto saudável, mas de fortalecer todo o sistema de produção para atender às exigências internacionais. A Agrodefesa, o produtor e o responsável técnico trabalham juntos para garantir qualidade, momento de colheita adequado e segurança para avançar no mercado externo”, afirma.
A inclusão do melão na pauta de exportação amplia a presença goiana no comércio internacional, somando-se à melancia e à abóbora. A expectativa é que a produção de Porangatu consolide espaço no mercado argentino e abra oportunidades para outras regiões do Estado.
Segundo Enio Gomes, o interesse por novas áreas em adotar o SMR deve aumentar, incentivando produtores a preparar frutas de qualidade para exportação. “Com a melhora da economia argentina, cresceu a oportunidade de exportar frutos de excelência, estimulando ainda mais os produtores a atender esse mercado”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
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