Publicado em: 12/09/2025 às 11:45hs
Cientistas da Universidade de Cranfield, no Reino Unido, anunciaram o desenvolvimento do primeiro método validado para editar o genoma da framboesa sem a introdução de DNA externo. O estudo, publicado na Frontiers in Genome Editing e divulgado pelo ChileBio em 9 de setembro de 2025, utilizou a tecnologia CRISPR-Cas9 em células isoladas da fruta, permitindo alterações precisas e controladas no genoma.
Essa inovação cria oportunidades para desenvolver framboesas mais resistentes a fungos, com maior firmeza e prazo de validade prolongado, garantindo frutos em melhores condições para o consumidor e reduzindo perdas ao longo da cadeia produtiva. Além disso, a tecnologia pode melhorar características como doçura, tamanho, número de sementes e tolerância a ondas de calor, aumentando a qualidade, produtividade e sustentabilidade da produção.
De acordo com a equipe de pesquisa, cultivares de elite aprimoradas podem ser geradas em cerca de 12 meses, muito mais rápido do que os ciclos tradicionais de melhoramento, que normalmente levam uma década ou mais. Esse avanço representa um marco na biotecnologia vegetal, abrindo caminho para o desenvolvimento rápido de frutas de alto valor comercial.
O estudo destaca que o próximo passo é regenerar plantas inteiras a partir das células geneticamente editadas. Só após essa etapa será possível avaliar os frutos quanto às características desejadas, consolidando o potencial da edição genética como ferramenta inovadora para transformar o cultivo de framboesas e oferecer produtos de melhor qualidade aos consumidores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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