Publicado em: 17/12/2025 às 11:45hs
A colheita do pêssego segue em ritmo acelerado nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (11).
Em Pinto Bandeira, maior polo produtor do Estado, a safra está em pleno andamento. As variedades BRS Kampai e BRS Fascínio entram na fase final de colheita, enquanto cultivares de ciclo médio, como Chimarrita, Charme e BRS Serenata, concentram o maior volume.
Também já começou a colheita da variedade PS 10711 e da nectarina, com destaque para a BRS Carina.
Segundo o levantamento, há um leve atraso na maturação dos pomares, e os preços pagos ao produtor variam entre R$ 3,50 e R$ 6,00 por quilo, conforme o calibre e a qualidade dos frutos.
A colheita da ameixa, liderada pela variedade Fortune, também está em curso.
Na região de Pelotas, a colheita das cultivares precoces foi concluída com bom padrão fitossanitário, o que reduziu a necessidade de manejos adicionais. No entanto, variedades de ciclo médio — como Granada e BRS Jaspe — e as tardias, como Maciel, Esmeralda, Jade e Santa Áurea, já apresentam sinais de restrição hídrica durante o enchimento dos frutos.
A Emater alerta que, como poucos produtores possuem irrigação, há crescente preocupação com a falta de chuvas.
Apesar disso, não há registros relevantes de doenças como antracnose ou podridão-parda, e a população de mosca-das-frutas permanece estável, exigindo apenas monitoramento contínuo.
Outro ponto de atenção é a falta de colheita de limpeza em alguns pomares, que pode favorecer a multiplicação da mosca-das-frutas nas áreas vizinhas.
Com os preços pagos pela indústria em R$ 2,10/kg (tipo I) e R$ 1,85/kg (tipo II), alguns produtores já cancelaram encomendas de mudas para o próximo ciclo.
Na região administrativa de Soledade, a colheita das variedades de ciclo intermediário continua dentro do esperado nas áreas com manejo adequado.
Entretanto, o tempo seco tem favorecido o aumento da podridão-parda e da mosca-das-frutas, o que exige reforço nas práticas preventivas.
Em Santa Maria, a produtividade se mantém dentro do padrão da cultura. Já em São Vicente do Sul, a podridão-parda, causada pelo fungo Monilinia fructicola, é a principal preocupação dos produtores.
A comercialização segue ativa nas regiões centrais do Estado, com preços que variam entre R$ 5,00 e R$ 10,00 por quilo, dependendo da variedade e da qualidade.
As cultivares Rubimel e Chimarrita têm se destacado pela boa aceitação no mercado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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