Fruticultura e Horticultura

Extensionistas discutem estratégia contra virose do maracujá em Santo Antônio da Platina

A virose do endurecimento dos frutos vem causando sérios prejuízos para fruticultores de São Paulo, inviabilizando a fruticultura em muitos municípios


Publicado em: 20/06/2014 às 15:10hs

Extensionistas discutem estratégia contra virose do maracujá em Santo Antônio da Platina

No Paraná, a doença já apareceu na região de Santo Antonio da Platina e causa preocupação entre os agricultores familiares. Por isso mesmo no último dia 10 o Instituto Emater promoveu uma reunião técnica sobre o assunto, na propriedade de Andrea Vaz,em Guapirama.

Participaram da reunião os técnicos do grupo de fruticultura do Instituto Emater, SEAB/ADAPAR, representantes de prefeituras, técnicos da Cooperativa de Produtores de Corumbataí do Sul, pesquisadores da UNESP e profissionais de empresas particulares.

A virose do endurecimento dos frutos aparece no maracujá e causa graves prejuízos quando ataca as plantas mais novas. O aparecimento de “bolhas” nas folhas, manchas amarelas e frutos deformados são os principais indicativos da virose. De acordo com Edson Ronque, coordenador regional de fruticultura, a doença pode comprometer 100% da produção quando afeta plantas jovens. Segundo ele, as plantas mais velhas são mais resistentes e, mesmo doentes, conseguem produzir. Por enquanto o ataque da virose não é generalizado na região, mas exige medidas preventivas por parte dos produtores.

Entre as medidas indicadas pelos técnicos para o controle da virose está o plantio de mudas mais velhas, com um metro de comprimento e produzidas em viveiros telados. A irrigação também ajuda as plantas, fazendo com que elas cresçam mais rápido. “Onde a doença é endêmica, o que ainda não acontece no Paraná, os produtores estão mudando a época de plantio para fugir da revoada do pulgão, inseto que é vetor do vírus causador da doença. Em alguns municípios de São Paulo alguns produtores estão fazendo o plantio em fevereiro. Aqui no Paraná a situação é tranquila e as mudas seguem sendo plantadas entre agosto e setembro”, explicou Ronque.

A propriedade da de Andréa Vaz foi escolhida para realização do curso porque é acompanhada pelos extensionistas do Instituto Emater desde o início da implantação da cultura. A produtora investiu na aquisição de mudas prontas, manejos fitossanitários adequados, ferti-irrigação e adubação equilibrada. Segundo Edson Ronque, coordenador regional de fruticultura. Para Maurício Castro Alves, gerente regional do Instituto Emater, a preocupação foi repassar conhecimentos aos técnicos, bem como incentivar a adoção de práticas viáveis para que a virose seja mantida sob controle.

Élcio Feliz Rampazzo, coordenador estadual de Fruticultura do instituto Emater, disse que a cultura do maracujá exige muita mão de obra, portanto seu lado social é bastante importante. “Várias instituições devem se preocupar com a sua produção e produtividade. Por isso é importante essas reuniões que repassem informações para que as lavouras sejam preservadas”, destacou Maurício. Na opinião de Aloísio Costa Sampaio, Na opinião de Aloísio Costa Sampaio, pesquisador da Unesp, a iniciativa desta reunião foi importante. “Foi uma ação de articulação envolvendo diversos setores e seus técnicos que trabalham com a cultura para discutir soluções sobre a doença, para que o sistema de produção seja viável para o pequeno agricultor”, destacou.

Fonte: Emater PR

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