Publicado em: 18/09/2025 às 09:30hs
O Brasil ampliou de forma expressiva suas exportações de abacate nos últimos dez anos, mas ainda mantém uma fatia pequena no mercado internacional. É o que aponta o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).
Em 2023, o país ocupava a sétima posição mundial na produção de abacate, responsável por 4% da colheita global. Apesar disso, registrou apenas 26,2 mil toneladas exportadas, o que representou uma receita de US$ 39 milhões, colocando o Brasil como o 18º maior exportador do mundo, segundo dados da FAOSTAT.
De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, o abacate foi a sétima fruta fresca mais exportada pelo Brasil em 2024, com 24,6 mil toneladas vendidas e uma receita de US$ 36,3 milhões. O preço médio alcançou US$ 1.471 por tonelada.
Nos últimos dez anos, as exportações do fruto tiveram um salto de 432% em volume e 452% em valor. Em 2015, o Brasil havia exportado apenas 4,6 mil toneladas, com rendimentos de US$ 6,6 milhões, segundo o Agrostat/Mapa.
Os Países Baixos, a Argentina e a Espanha concentram a maior parte das compras. Juntos, responderam em 2024 por 80,7% da receita gerada e 76,9% do volume exportado.
O boletim ressalta que os holandeses atuam como distribuidores para outros países da Europa, e não consomem integralmente os abacates importados.
O estudo ainda aponta que a participação do Brasil em eventos internacionais de fruticultura e o investimento na qualidade do produto foram fatores decisivos para a expansão das exportações, especialmente a partir de 2023.
Fonte: Portal do Agronegócio
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