Publicado em: 20/06/2025 às 14:00hs
O Brasil, maior exportador mundial de suco de laranja, encerrou 2024 com apenas 351.483 toneladas de suco concentrado e congelado (FCOJ) estocadas — o menor volume registrado, 24,2% abaixo das 463.940 toneladas de 2023. Este cenário de estoques reduzidos traz tensão ao abastecimento global, especialmente em meio a uma safra estimada em 232,38 milhões de caixas para 2024/25, o menor patamar desde 1988/89.
Fatores como temperaturas extremas, estiagem prolongada e a disseminação da doença Greening agravaram ainda mais a situação.
Apesar do cenário desafiador, a safra 2025/26 apresenta sinais promissores. O Fundecitrus projeta uma colheita de 314,6 milhões de caixas no cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais, um crescimento de 36,2% em relação à temporada anterior e acima da média da última década.
Chuvas bem distribuídas entre outubro e dezembro de 2024 favoreceram uma segunda florada expressiva, que pode aumentar tanto a quantidade quanto a qualidade dos frutos, com expectativa de laranjas mais doces. Especialistas, porém, alertam que a recuperação depende da regularidade das precipitações em 2025, pois variações climáticas regionais ainda podem impactar o rendimento final.
Testes realizados em viveiros paulistas com fertilizantes de liberação lenta (FLL) demonstraram redução de até 56% na lixiviação de nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo e potássio. Além disso, houve melhora significativa no crescimento inicial das mudas cítricas, com maior diâmetro de caule e área foliar.
Embora ainda em fase experimental, esses resultados indicam que os FLL podem transformar o manejo agrícola, reduzindo a frequência de aplicações, os custos operacionais e os impactos ambientais.
Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, destaca que o uso de fertilizantes líquidos de alta concentração é fundamental para a competitividade da citricultura brasileira.
“O manejo adequado com fertilizantes líquidos é a base para alcançar produtividade, qualidade e rentabilidade. Quando aplicados corretamente, esses insumos melhoram o desempenho das plantas, ajudam a controlar pragas e doenças, garantem frutos de excelência e fortalecem a imagem do Brasil como líder mundial na produção de cítricos”, afirma Sodré.
O cenário atual, marcado por estoques críticos e a expectativa de recuperação, aliado ao avanço das tecnologias, traz à tona temas essenciais para o agronegócio brasileiro: segurança do abastecimento, adaptação às mudanças climáticas, inovação agronômica e práticas sustentáveis alinhadas ao ESG.
A crescente demanda mundial por frutas de alta qualidade e processos sustentáveis reforça a importância do uso equilibrado de fertilizantes. Essa prática não só eleva a produtividade, mas também mantém a competitividade do setor citrícola brasileiro frente às exigências ambientais.
Para garantir frutas de excelência e sustentabilidade, o manejo da adubação deve considerar análises de solo e clima, respeitando as particularidades de cada região.
“Estamos comprometidos em levar tecnologia e inovação ao campo, oferecendo soluções que potencializam o trabalho do produtor e fortalecem a economia rural. Investir em pesquisa e desenvolvimento, aliado ao conhecimento do produtor, é o caminho para uma citricultura cada vez mais sustentável e produtiva”, conclui Leonardo Sodré.
Fonte: Portal do Agronegócio
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