Curso que será ministrado entre terça e sexta-feira (dias 26 e 29 de novembro), em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, por técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Mato Grosso do Sul (Senar/MS) pretende estimular produtores rurais do município e da região a cultivarem o caju.

Segundo o engenheiro agrônomo e instrutor do Senar/MS, Carlos Alberto Salgueiro, o caju é um fruta tropical, nativa do Brasil, e que assim como no Nordeste do país, se desenvolve bem em Mato Grosso do Sul, além de ter um bom mercado.

“Temos mercado principalmente para os sucos e doces em compota, que são tradicionais no estado. Apesar do tímido cultivo, os municípios de Pedro Gomes, Coxim e Três Lagoas se destacam na produção, com profissionais interessados na comercialização”, destaca Salgueiro.

De acordo com Salgueiro os investimentos variam de acordo com a aptidão do solo e variação climática da região, sendo necessário em algumas regiões a implantação do sistema de irrigação.

“Sem sistema de irrigação o produtor investe R$ 500 e tem a produtividade de oito a doze mil quilos. Com irrigação o investimento é de aproximadamente R$ 10 mil, e a produção consequentemente triplica e pode variar de 25 a 40 mil quilos”, detalha ele, completando que em cada hectare é possível plantar até 250 mudas.

A capacitação disponibiliza mudas para produtores que pretendem iniciar o cultivo do caju. “As mudas precisam ser importadas do Nordeste porque ainda não temos viveiros instalados na região. Cada muda custa em média R$ 8 e a rentabilidade vale a pena”, relata.

Estimativa feita pelo agrônomo aponta que produtor pode vender no mercado sul-mato-grossense a castanha do caju em média por R$ 8 e a fruta por R$ 1 o quilo. O doce de caju em compota é supervalorizado e um vidro com 700 gramas pode ser encontrado nas gôndolas em média por R$ 15.