Publicado em: 02/04/2024 às 19:00hs
A entrega do relatório Cancro/HLB (greening) chegou ao fim no dia 15 de janeiro e segundo dados do sistema informatizado de Gestão Animal e Vegetal (GEDAVE), na ocasião, 96,6% do setor da citricultura conseguiu atender o prazo de entrega do documento que relatava as vistorias realizadas entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2023.
“Visando a sanidade do setor citrícola, a Defesa Agropecuária a partir de janeiro começou a acionar os inadimplentes para regularizarem suas situações, sendo possível saber a real situação desses pomares e para que a cultura dos citros no Estado de São Paulo continue sendo uma referência nacional”, diz Adão Marin, engenheiro agrônomo e diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV).
“As propriedades que entregaram relatório após o dia 15 de janeiro serão sorteadas e terão fiscalização in loco para conferência do manejo adequado”, complementa o diretor.
Após a busca ativa dos produtores que não haviam entregado o relatório, o número de plantas inspecionadas, que antes era de 214,9 milhões, passou para 219,8 milhões. Além disso, os números apontam 10.398 relatórios entregues e 2,3 milhões de plantas com sintomas da doença foram erradicadas.
Com a publicação da Portaria MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, que institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle ao HLB (PNCHLB), a eliminação de plantas sintomáticas passou a ser obrigatória apenas para pomares com idade inferior a oito anos, sendo que para os pomares acima desta idade, os produtores são obrigados apenas a realizar o controle eficiente do psilídeo. No Estado de São Paulo, a entrega do relatório é obrigatória para todos os produtores, independente da idade das plantas e a entrega do 1° semestre de 2024 tem início nesta terça-feira, dia 2 de abril.
O cancro cítrico é causado pela bactéria Xanthomonas citri pv. citri que ataca todas as variedades e espécies de citros, provoca lesões em folhas, frutos e ramos e, quando em alta incidência, provoca desfolha e queda de frutos. É uma praga restritiva de comercialização de frutos para outros Estados e também para a exportação.
Desde 2017, com a publicação da Resolução do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) nº 4, de 22 de março, o estado de São Paulo encontra-se reconhecido como área sob Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para o cancro cítrico. Este procedimento possibilita a adoção de medidas fitossanitárias com o objetivo de reduzir o potencial de inoculo da praga e manter um nível apropriado de proteção contra a doença, viabilizando a comercialização de frutos sem sintomas tanto no mercado interno como no mercado internacional.
No caso do HLB (greening), há registro de sua ocorrência em todo estado de São Paulo. A doença é causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. e disseminada pelo psilídeo (Diaphorina citri). É considerada a maior ameaça à sustentabilidade da citricultura.
O canal de denúncia tem como objetivo informar à Defesa Agropecuária a localização desses pomares de citros abandonados ou mal manejados, para que sejam feitas ações de educação e conscientização do produtor para que sejam adotadas as medidas necessárias para controle do greening. De acordo com a Portaria SDA/MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, e com a Resolução SAA nº 88, de 08 de dezembro de 2021, em todos os pomares com plantas de citros, é obrigatória a realização do controle eficiente do psilídeo, e nos pomares com até oito anos de idade, deve ser feita pelo produtor a eliminação de plantas sintomáticas.
Para ter acesso ao canal direto, acesse
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP
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