As colheitas de manga no Norte de Minas Gerais seguem em ritmo reduzido neste início de segundo semestre. Apesar do cenário atual, produtores mantêm boas expectativas para os meses seguintes, especialmente a partir de outubro. Segundo informações do Hortifrúti/Cepea, o otimismo se deve às recentes mudanças climáticas na região, que devem favorecer o desenvolvimento das floradas.

Desafios climáticos afetaram floradas e a produção no início do ano

O final de 2024 foi marcado por condições climáticas extremas, com altas temperaturas que impactaram significativamente as floradas das mangueiras. Essa situação se prolongou até quase abril de 2025, sendo agravada por chuvas intensas e novas ondas de calor, o que elevou o estresse hídrico nos pomares. Como consequência, houve uma baixa taxa de pegamento dos frutos e, portanto, uma redução expressiva na produção.

Escassez de manga em Jaíba e Janaúba

Essa adversidade climática afetou diretamente regiões importantes como Jaíba e Janaúba (MG), onde a oferta da fruta caiu ainda mais em abril. Nesse período, as fazendas que estavam colhendo encerraram suas atividades, contribuindo para a escassez observada no mercado regional.

Temperaturas mais amenas favorecem nova florada

Desde o início de maio, as temperaturas na região passaram a se estabilizar, criando um ambiente mais propício para o desenvolvimento das floradas em andamento. Essa mudança climática traz esperança de recuperação gradual da produção.

Retomada parcial entre julho e setembro e recuperação mais ampla a partir de outubro

Alguns produtores que conseguiram amenizar os impactos das altas temperaturas devem retomar a colheita entre julho e setembro. No entanto, a recuperação mais significativa da oferta está prevista para ocorrer a partir de outubro, com frutas provenientes das floradas iniciadas no segundo semestre — que tendem a ser mais consistentes e satisfatórias.

Expectativa de maior oferta no último quadrimestre de 2025

A tendência é de que a produção de manga no Norte de Minas volte a contribuir de forma mais expressiva para o abastecimento do Semiárido brasileiro a partir do último quadrimestre do ano. No entanto, a oferta nos primeiros meses do segundo semestre ainda será limitada devido às condições adversas enfrentadas no início do ciclo.