Fruticultura e Horticultura

Clima seco e calor preocupam produtores de cacau na Costa do Marfim

Agricultores temem que a falta de chuvas e a influência do vento Harmattan prejudiquem a qualidade da safra principal


Publicado em: 17/12/2024 às 11:15hs

Clima seco e calor preocupam produtores de cacau na Costa do Marfim

Os produtores de cacau na Costa do Marfim demonstraram preocupação nesta segunda-feira (..) com a falta de chuvas e o aumento das temperaturas, situação que pode afetar o desenvolvimento da safra principal, colhida entre outubro e março. A Costa do Marfim, maior produtora mundial de cacau, atravessa atualmente sua estação seca, que vai de novembro a março, período em que as chuvas são naturalmente escassas.

Agricultores de quase todas as regiões relataram preocupações, com exceção da região ocidental de Soubre, onde as chuvas ficaram acima da média, e da região sul de Agboville, que registrou uma leve queda nos níveis de precipitação. Segundo os produtores, o clima adverso pode comprometer o desenvolvimento dos frutos menores, cuja colheita é prevista para fevereiro e março.

Nas regiões centrais, produtores alertaram que a qualidade dos grãos pode ser prejudicada a partir de fevereiro. Eles também relataram variações na intensidade do vento seco Harmattan, característico da estação e proveniente do Saara, que sopra entre dezembro e março. O vento, embora até o momento não tenha causado danos significativos às plantações, é conhecido por ressecar o solo e comprometer o crescimento dos frutos, tornando-os menores.

"As chuvas são escassas e o calor está intenso. Estamos preocupados com o que pode acontecer nos próximos meses", afirmou Arthur Brou, agricultor da região centro-oeste de Daloa, que registrou apenas 0,2 milímetro de chuva na semana passada, 4 milímetros abaixo da média dos últimos cinco anos.

Situação semelhante foi observada na região central de Bongouanou, onde houve pouca precipitação, e em Yamoussoukro, também na região central, que não registrou chuvas na semana passada.

Por outro lado, produtores das regiões de Soubre e Agboville afirmaram que a colheita deve ser abundante em janeiro. Já no sul, em Divo, e no leste, em Abengourou, os agricultores declararam que, a partir do final de dezembro, irão concentrar seus esforços na safra intermediária.

Na semana passada, as temperaturas médias na Costa do Marfim, situada na África Ocidental, variaram entre 27,9 e 28,9 graus Celsius, o que reforça as preocupações dos produtores com o impacto do calor excessivo nas plantações.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias