Fruticultura e Horticultura

Citricultura gaúcha registra alta nos preços e boa produtividade, aponta Emater/RS-Ascar

Safra de citros mantém desempenho positivo no Rio Grande do Sul


Publicado em: 26/11/2025 às 18:00hs

Citricultura gaúcha registra alta nos preços e boa produtividade, aponta Emater/RS-Ascar
Foto: Eduardo Augusto Girardi

A citricultura do Rio Grande do Sul segue com boas perspectivas nesta safra, marcada por produção consistente e valorização dos preços em várias regiões do estado. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, os pomares da região administrativa de Caxias do Sul permanecem na fase de enchimento dos frutos, apresentando boa carga produtiva.

Entretanto, áreas que registraram cerração durante a floração enfrentaram alta taxa de abortamento de frutos nas variedades de laranja de umbigo. As cultivares tardias, como Valência e Umbigo Monte Parnaso, seguem sendo comercializadas, embora com aumento na incidência de pinta-preta — doença que afeta a qualidade dos frutos.

Colheita quase encerrada e preços em alta na Serra Gaúcha

A colheita da safra de citros está praticamente finalizada na Serra Gaúcha, restando apenas alguns produtores para concluir a retirada das variedades Montenegrina Rainha e Murcott.

Em Veranópolis, o informativo indica valorização dos preços:

  • Montenegrina: entre R$ 4,20 e R$ 4,50/kg;
  • Murcott: cerca de R$ 4,00/kg, variando conforme a qualidade e classificação;
  • Laranja de umbigo (armazenada em câmaras frias): média de R$ 3,50/kg;
  • Valência de mesa: entre R$ 1,30 e R$ 1,40/kg.

Já em Guaporé, as cotações estão entre R$ 0,80 e R$ 1,00/kg para consumo in natura e R$ 0,50/kg para indústria de sucos. A variedade Monte Parnaso tem sido comercializada de R$ 1,00 a R$ 1,10/kg.

Produção “excelente” e boa rentabilidade em Erechim

Na região de Erechim, cerca de 80% da safra de laranja já foi colhida, com o boletim classificando o resultado como “excelente”. O preço pago ao produtor é de R$ 800,00 por tonelada para entrega à indústria e R$ 1.000,00/t para venda in natura.

Com o encerramento do recebimento de frutas por uma indústria da Serra previsto para o início de dezembro, produtores locais buscam novos mercados, inclusive em outros estados, para escoar a produção.

Os custos médios de colheita permanecem em R$ 200,00 por tonelada, segundo a Emater.

Condições climáticas favorecem o desenvolvimento dos pomares

Na região de Frederico Westphalen, os pomares seguem em fase de desenvolvimento dos frutos, com os produtores realizando adubações e tratamentos preventivos contra pinta-preta, cancro-cítrico e ácaros.

As condições climáticas favoráveis têm garantido o bom desempenho das lavouras e sustentam a expectativa de uma safra excelente. O plantio de novas áreas está quase finalizado, e a colheita das variedades tardias Valência e Folha Murcha já atinge 80% da área cultivada.

Os valores pagos pela indústria variam entre R$ 740,00 e R$ 780,00 por tonelada, enquanto as frutas destinadas ao consumo in natura são negociadas entre R$ 1.000,00 e R$ 1.100,00/t.

Fonte: Portal do Agronegócio

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