Fruticultura e Horticultura

Citricultores gaúchos registram perdas em função do clima

Os citricultores da região do Vale do Caí estão sofrendo grandes perdas nas variedades tardias


Publicado em: 25/08/2015 às 08:45hs

Citricultores gaúchos registram perdas em função do clima

Nos últimos dias foi observada elevada queda de frutas, causada pelas condições climáticas dos meses de julho e agosto, destaca o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar.

As três semanas de chuvas intensas registradas em julho, associadas às altas temperaturas e ventos quentes nas duas primeiras semanas de agosto, causaram uma reação fisiológica desfavorável nas plantas. Conforme os técnicos da Emater/RS-Ascar, o excesso hídrico do mês passado prejudicou a aeração do solo, causando a morte de raízes e o aumento da síntese de etileno nas plantas, estimulando a queda de frutas. Outros fatores que contribuíram para isso foram a alta nebulosidade e a elevada umidade relativa do ar, naquele período, que ocasionaram a redução da taxa fotossintética. O clima adverso também propiciou a expressão dos sintomas da pinta-preta, doença causada pelo fungo Guignardia citricarpa, condição que agravou a situação.

Estão em colheita atualmente as variedades tardias de laranjeiras e bergamoteiras, e todas foram afetadas. Entre as bergamoteiras, a única ainda em colheita na região é a Montenegrina. A das variedades Ponkan e Pareci já foi encerrada em julho. Também está sendo colhido o Tangor Murcott, conhecido também como Morgote ou Murcote, que é um híbrido natural de laranjeira com bergamoteira. Dentre as laranjeiras, os produtores estão colhendo as variedades Umbigo Monte Parnaso, a Valência e a Céu Tardia ou Céu Paulista.

As perdas decorrentes da pinta-preta, segundo a Emater/RS-Ascar, são muito maiores na bergamoteira Montenegrina, que é naturalmente mais suscetível à doença, atingindo em muitas situações 70% das frutas que estavam por ser colhidas.

Fonte: Emater/RS-Ascar

◄ Leia outras notícias
/* */ --