Fruticultura e Horticultura

Ceplac Inicia Testes de Clones de Cacau no Exterior para Combater a Monilíase

Programa de pesquisa visa reduzir os riscos da doença nas plantações brasileiras


Publicado em: 28/10/2024 às 11:25hs

Ceplac Inicia Testes de Clones de Cacau no Exterior para Combater a Monilíase

Para proteger a produção nacional de cacau contra a ameaça da monilíase, a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) enviou clones de cacau para testes em áreas de alta incidência da doença no Equador e na Costa Rica. Em parceria com o Instituto Nacional de Investigações Agropecuárias do Equador (Iniap) e o Centro Agronômico de Investigação Tropical e Ensino da Costa Rica (Catie), a iniciativa faz parte de um programa amplo de pesquisa voltado à redução dos potenciais impactos da monilíase no Brasil.

Os 128 clones, desenvolvidos pela Ceplac ao longo dos últimos 15 anos, envolvem material resistente à monilíase e outras doenças, com origem genética no Equador, Costa Rica, Peru e Trinidad e Tobago. Antes do envio para teste, os clones passaram por um rigoroso processo de quarentena de cinco anos no Centro Nacional de Recursos Genéticos (Cenargem), da Embrapa, para assegurar a segurança agropecuária.

A monilíase, uma das mais graves doenças do cacaueiro, já afeta todas as regiões produtoras da América Latina, mas ainda não alcançou as principais zonas de cultivo de cacau no Brasil, situadas nos estados da Bahia, Pará, Rondônia e Espírito Santo.

Desde 2005, a Ceplac promove um programa de pesquisa preventiva em parceria com países vizinhos, abrangendo estudos sobre a genômica do fungo, sua capacidade de adaptação às medidas de controle, além de desenvolver kits genômicos para detecção rápida e precisa da doença. Outros aspectos do programa incluem o uso de agentes de controle biológico e o desenvolvimento de variedades de cacau resistentes.

O envio dos clones para teste no exterior integra esta fase de desenvolvimento de variedades resistentes, com o objetivo de fornecer aos produtores brasileiros novas opções que ajudem a manter a integridade da cacauicultura nacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

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