Publicado em: 22/07/2025 às 11:18hs
O 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta terça-feira (22), revela que os preços da cebola, cenoura e batata recuaram nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. A boa oferta desses produtos nos mercados atacadistas foi o principal fator para a queda na média ponderada dos valores registrados em junho.
Além dessas hortaliças, frutas como banana, laranja, mamão e melancia, assim como a alface, também apresentaram cotações mais baixas no atacado.
Depois de uma alta nos preços desde o início do ano, as cotações da cebola recuaram em quase todas as Ceasas analisadas, com destaque para a queda de 26,37% em Pernambuco. Apenas Santa Catarina registrou aumento. Essa queda é tradicional para o período, devido à pulverização da oferta com a entrada da safra paulista, mineira, goiana e baiana, além da redução dos custos logísticos com o aumento dos estados fornecedores.
A batata apresentou queda de preços causada pela intensificação da safra de inverno, especialmente nas regiões de Araxá (MG), São João da Boa Vista (SP) e Cristalina (GO). Nove Ceasas registraram queda, com a maior redução no Rio de Janeiro. Já a cenoura teve diminuição nos preços mesmo com oferta menor que a de maio, devido à quantidade ainda satisfatória para comercialização nas centrais.
A alface registrou baixa na média ponderada de preços, influenciada pela menor demanda típica do período de temperaturas mais baixas. O tomate teve comportamento variável: alta de 36,2% em Fortaleza e queda de 17,56% em Rio Branco. O clima frio retardou a maturação e reduziu a oferta, ao mesmo tempo em que diminuiu a procura.
Em junho, o mercado atacadista registrou retração nos preços da banana, laranja, mamão e melancia. A banana nanica teve maior volume comercializado durante o mês, pressionando as cotações para baixo, que começaram a subir apenas no fim do mês. Já a banana prata, com menor oferta, manteve preços mais elevados.
A laranja sofreu nova queda de preços em quase todas as Ceasas, devido ao aumento da oferta das frutas precoces e tardias, à concorrência com a mexerica poncã e à menor demanda causada pelo clima frio. A melancia também teve queda nas cotações pela boa oferta e baixa procura em função das temperaturas mais amenas. O mamão apresentou redução na disponibilidade das variedades papaya e formosa, resultando em leve queda de 1,7% na média ponderada dos preços por conta da menor demanda.
Diferentemente das demais frutas, a maçã apresentou alta nos preços médios em junho. Apesar da demanda reduzida pelo tempo frio e início das férias escolares, o controle de oferta realizado pelas classificadoras e o aumento das importações contribuíram para a elevação dos valores.
No acumulado de janeiro a junho de 2025, as exportações brasileiras de hortigranjeiros totalizaram 559,84 mil toneladas, crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior. O faturamento foi de US$ 646,2 milhões (FOB), 16% maior que em 2024. Os principais estados exportadores foram Rio Grande do Norte, Ceará, São Paulo e Pernambuco, com os principais mercados compradores sendo Bélgica, Países Baixos, Estados Unidos, Reino Unido e China.
A edição do boletim também destaca o projeto Ceasa Verde, iniciativa do segmento que promove a economia circular. O programa busca dar destinação correta aos resíduos gerados na comercialização diária de milhares de toneladas de alimentos pelas Centrais de Abastecimento.
Os dados do Boletim Prohort são coletados nas principais Ceasas do país, localizadas em São Paulo e Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), São José (SC), Goiânia (GO), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC). Juntas, essas centrais comercializam grande parte dos hortigranjeiros consumidos no Brasil.
As informações completas sobre o mercado de frutas e hortaliças em junho estão disponíveis no 7º Boletim Hortigranjeiro 2025 da Conab.
7º Boletim Hortigranjeiro 2025
Fonte: Portal do Agronegócio
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