O levantamento semanal de preços das hortaliças, divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), aponta para variações significativas nos preços dos principais produtos comercializados no CeasaMinas, em Contagem. A análise, realizada com base nos preços praticados entre 23 de setembro e 4 de outubro de 2024, visa avaliar a oferta, a demanda e os possíveis impactos no abastecimento alimentar do estado.

Entre os produtos monitorados, destacam-se a abóbora moranga, abobrinha italiana, alho, batata, cebola, cenoura, chuchu, pimentão, quiabo e tomate, que apresentaram oscilações tanto para cima quanto para baixo, refletindo as dinâmicas do mercado no período. Enquanto produtos como abobrinha, alho, chuchu, pimentão, quiabo e tomate tiveram aumento nas cotações, a abóbora, batata, cebola e cenoura apresentaram queda nos preços.

O preço da abóbora moranga, por exemplo, aumentou 20,1% na primeira semana da análise, seguido por uma queda de 8,5%, encerrando o período a R$ 3,33/kg. A abobrinha italiana teve um aumento expressivo de 27% na primeira semana e, após variações, finalizou o período a R$ 1,66/kg, representando uma alta de 13,8% em relação à semana anterior.

O alho brasileiro, que vinha apresentando estabilidade, registrou um aumento de 4,3% na segunda semana da análise, com o preço subindo para R$ 24,00/kg. Por outro lado, a batata viu seu preço cair 16,7%, finalizando o período a R$ 3,33/kg, refletindo o pico da safra de inverno e o aumento das temperaturas, que aceleraram a colheita.

No caso da cebola, o preço caiu 20% na primeira semana, mantendo-se em R$ 2,00/kg até o final do período analisado, devido ao alto volume de oferta e à menor qualidade dos produtos, afetados pelas altas temperaturas. A cenoura, que iniciou o período a R$ 1,50/kg, atingiu R$ 1,75/kg no final da segunda semana, apresentando uma variação negativa de 15,5%.

Chuchu e quiabo, alimentos básicos da dieta, registraram elevações significativas nos preços. O chuchu subiu 40,2% durante o período analisado, encerrando a R$ 3,42/kg, enquanto o quiabo teve um aumento de 66,7%, finalizando a R$ 9,16/kg. O tomate também apresentou alta de 23,1%, reflexo da redução nas áreas plantadas e do término da safra em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, fechando a análise a R$ 2,67/kg.

As variações nos preços são influenciadas por diversos fatores, incluindo a sazonalidade das safras, as condições climáticas e a demanda por determinados produtos. Por meio de monitoramento contínuo, a SEAPA busca fornecer dados atualizados sobre o comportamento dos preços e assegurar que o abastecimento alimentar do estado seja devidamente acompanhado.