Publicado em: 04/12/2025 às 11:25hs
A floricultura brasileira alcançou um faturamento de R$ 21,23 bilhões em 2024, registrando crescimento de 9,95% em relação ao ano anterior. O desempenho marca a retomada do setor, que em 2023 havia sofrido queda de 3,6%.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), divulgados em agosto deste ano.
O avanço reforça o papel da floricultura dentro do agronegócio nacional, um segmento que vem se consolidando não apenas como atividade de lazer e paisagismo, mas também como um importante gerador de renda e emprego no campo.
De acordo com o levantamento, o setor empregou 264.874 trabalhadores em 2024, o que representa 1,17% dos postos de trabalho do agronegócio brasileiro.
Um dos destaques é a presença feminina, que domina a mão de obra na atividade: as mulheres representam 56,2% dos trabalhadores, chegando a 63% em algumas regiões do país.
A floricultura é, atualmente, a área da agropecuária com maior participação feminina, o que reforça seu caráter inclusivo e socialmente relevante.
A região Sudeste mantém a liderança no mercado de flores e plantas ornamentais, respondendo por 64% do PIB do setor, com 5.534 produtores e movimentação estimada em R$ 13,58 bilhões.
Na sequência aparecem as regiões Sul (18%, ou R$ 3,82 bilhões), Nordeste (9,3%), Centro-Oeste (6,7%) e Norte (2%).
Entre os estados, São Paulo se destaca como o maior polo produtor, sendo responsável por 40% do PIB da floricultura nacional, o equivalente a R$ 8,49 bilhões.
Após um período de retração em 2023, a recuperação do setor em 2024 foi impulsionada pelo crescimento do consumo interno e pela expansão das áreas cultivadas.
Atualmente, o país conta com cerca de 8.300 produtores, distribuídos em 16.380 hectares de áreas produtivas — número que reforça o fortalecimento da cadeia e sua capacidade de atender à demanda crescente.
O histórico recente também mostra o dinamismo do setor: em 2022, o mercado movimentou R$ 20,4 bilhões, com alta de 17%, enquanto em 2023 sofreu leve retração, reflexo de condições econômicas e climáticas adversas.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias