Feijão e Pulses

Seminário discute manejo e melhoramento genético do feijão-caupi em Mato Grosso

Na próxima safrinha, por exemplo, a expectativa é que o grão, também chamado de feijão-de-corda ou feijão-macassa, ocupe uma área de 200 mil hectares, com expectativa de exportação de 30 mil toneladas


Publicado em: 25/11/2014 às 14:50hs

Seminário discute manejo e melhoramento genético do feijão-caupi em Mato Grosso

Cultura tradicional da agricultura familiar na região Nordeste, o feijão-caupi vem ganhando espaço na agricultura comercial em Mato Grosso como opção de rotação na segunda safra. Na próxima safrinha, por exemplo, a expectativa é que o grão, também chamado de feijão-de-corda ou feijão-macassa, ocupe uma área de 200 mil hectares, com expectativa de exportação de 30 mil toneladas.

Entretanto, os agricultores mato-grossenses ainda dispõem de poucas informações sobre manejo, controle de pragas e doenças e sobre as variedades disponíveis no mercado que se adaptam à produção mecanizada. Por isso, a Embrapa promove nesta terça-feira, dia 18, um seminário que irá discutir estas questões.

O evento terá início às 8h30, no auditório da Embrapa Agrossivlipastoril e será direcionado para consultores técnicos, produtores e estudantes de agronomia. Até a manhã desta segunda-feira, mais de 60 pessoas já haviam feito a inscrição antecipada.

Entre os palestrantes do seminário estão pesquisadores de quatro Unidades da Embrapa, entre elas a Embrapa Meio Norte, que é a responsável pela maior parte das pesquisas com feijão-caupi no país. Eles abordarão assuntos como o potencial de crescimento da cultura em Mato Grosso, manejo, melhoramento genético, novas cultivares disponíveis e produção de sementes.

Feijão-caupi em Mato Grosso

Diferentemente da agricultura nordestina, onde a produção de feijão-caupi é direcionada para consumo interno, em Mato Grosso o produto tem como destino a exportação para países da Asia, Oriente Médio e Europa. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os maiores compradores no último ano foram Índia e o Egito.

Para que possa ser produzida em larga escala, em lavouras mecanizadas, é preciso que novas tecnologias sejam aplicadas à cultura. Um exemplo é o melhoramento genético priorizando cultivares de porte ereto e semi-ereto, como é o caso da BRS Guariba, BRS Novaera e BRS Tumucumaque.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Meio Norte, lotado na Embrapa Agrossilvipastoril, José Ângelo Meneses, o seminário "Feijão-caupi: mercado, melhoramento genético e estratégias de manejo" será não só um momento de apresentar as tecnologias já disponíveis para a cultura, mas também para ouvir os produtores e técnicos a fim de levantar as dificuldades que encontram no manejo da lavoura de feijão-caupi.

Palestras em Sorriso

Para o público que não puder participar do Seminário em Sinop, haverá uma segunda oportunidade de acompanhar parte das informações sobre o feijão-caupi em uma rodada de palestras na noite de quarta-feira em Sorriso. O evento será na sede da Cooperativa Agropecuária Terra Viva (Cooavil), na quarta-feira, dia 19, às 19h.

Serão duas palestras, uma sobre as perspectivas de mercado do feijão-caupi para esta safra e outra sobre as estratégias de manejo para esta cultura. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas no início do evento.

Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril

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