Feijão e Pulses

Quebra da safra de feijão em Unaí pressiona preços

A colheita da primeira safra de feijão em Minas Gerais já está praticamente concluída e os produtores do Estado acumulam prejuízos significativos


Publicado em: 08/03/2013 às 18:40hs

Quebra da safra de feijão em Unaí pressiona preços

De acordo com a Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), na região de Unaí, no Noroeste do Estado, o clima desfavorável fez com que houvesse grandes perdas na cultura, que chegam a 75% do volume estimada no início do plantio. Com a quebra de safra, os preços estão em patamares elevados e no final de fevereiro chegaram a R$ 260 por saca de 60 quilos.

Para o engenheiro agrônomo e extensionista da Emater-MG - Unidade Unaí Reinaldo da Silva Martins, o veranico registrado em dezembro e as chuvas de janeiro e fevereiro foram os principais fatores que comprometeram o desenvolvimento da cultura na região, que é a maior produtora do Estado.

"A primeira safra de feijão deste ano foi muito afetada pelos fatores climáticos. já que os fators climáticos comprometeram o desenvolvimento do grão. Além disso, as chuvas abundantes registradas entre janeiro e fevereiro ampliaram a umidade durante a colheita, o que favoreceu a manifestação de doenças e a perda da qualidade do feijão produzido na região", diz Martins.

Segundo a sondagem feita pelos produtores na região de Unaí, as perdas já comprometem em torno de 75% do volume estimado. A produtividade média que era de 40 sacas de 60 quilos por hectares foi reduzida para cerca de oito sacas e em algumas propriedades a perda foi total. A produção esperada era de 800 mil sacas de feijão, porém o volume máximo deve alcançar cerca de 200 mil sacas, queda de 75%.

"A situação é crítica para os produtores, uma vez que o prejuízo com a safra atual foi enorme. Além dos fatores climáticos, a infestação da cultura pela mosca branca também interfere no plantio da segunda safra, já que não foi possível controlar a praga devido às chuvas", avalia.

Fonte: Diário do Comércio

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