Publicado em: 13/12/2024 às 11:40hs
O panorama da produção de feijão no Paraná é promissor, conforme aponta o boletim semanal de conjuntura agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado nesta quinta-feira (12) pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. O estado registra custos de produção estimados em R$ 131,12 por saca de 60 kg na primeira safra e R$ 133,28 na segunda safra. Com os preços do mercado variando entre R$ 150,00 e R$ 250,00 por saca, a margem de rentabilidade pode alcançar até 60%. Para o feijão preto, o preço médio foi registrado em R$ 213,87.
Apesar das boas perspectivas econômicas, o clima tem imposto desafios aos produtores. A colheita da primeira safra, iniciada em 2 de dezembro, avançou apenas 1% devido às chuvas constantes, que também ameaçam a qualidade dos grãos prontos para colheita. Cerca de 4% das áreas em maturação há mais de duas semanas enfrentam risco de brotamento nas vagens, o que pode prejudicar a produção.
No entanto, o boletim destaca que 93% das lavouras ainda são classificadas como boas, com apenas 7% em condições médias e uma parcela insignificante em estado ruim. Além disso, as chuvas recentes trouxeram alívio para áreas que começavam a sofrer com estresse hídrico, beneficiando o desenvolvimento das plantas.
O cenário positivo também se reflete na preparação para a segunda safra, que está prestes a começar. O bom desempenho de preços e a alta rentabilidade têm incentivado os produtores, impulsionando a demanda por insumos. Houve um aumento de 11% no preço das sementes em comparação com novembro de 2023, mas essa elevação foi compensada por uma redução de 13% nos custos com agrotóxicos.
A expectativa é de que esses fatores estimulem a expansão da área plantada, consolidando o Paraná como um dos principais estados produtores de feijão no país. O otimismo do setor reflete a capacidade de adaptação dos produtores diante dos desafios climáticos e a resiliência do mercado agrícola no estado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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