Publicado em: 08/08/2024 às 13:10hs
O mercado de feijão no Brasil enfrenta um momento decisivo, com a colheita avançando em estados-chave produtores e a inquietação crescente devido a possíveis impactos climáticos. Este período é caracterizado por oscilações nos preços e preocupações sobre como o clima pode afetar a produção.
A colheita do feijão-carioca está em progresso em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, apresentando um cenário de preços estáveis nesta semana. O feijão-carioca de escurecimento rápido está sendo comercializado por cerca de R$ 210 nos estados de Goiás e Minas Gerais, enquanto o feijão-carioca de escurecimento lento é vendido entre R$ 220 e R$ 230. A qualidade do feijão varia conforme o percentual de peneira 12, com a maioria dos grãos apresentando uma cor entre 9 e 9,5, indicando boa qualidade. Contudo, a pressão causada pela mosca branca levou alguns produtores a atrasar o plantio, colocando as lavouras tardias em risco, dependendo da intensidade das adversidades climáticas.
A principal preocupação no momento é a previsão de frio intenso para o final de semana, afetando não apenas o Sul e São Paulo, mas também o Sul de Minas e Goiás. Embora geadas fora da região Sul do Brasil sejam incomuns nesta época do ano, a expectativa de temperaturas baixas está gerando apreensão entre os produtores. As lavouras plantadas tardiamente estão particularmente vulneráveis a essas condições adversas. No Sul do Brasil, lavouras fora da época recomendada, como as localizadas no nordeste do Paraná, também estão em risco devido às geadas previstas. A extensão e o impacto do frio ainda são incertos, mantendo os produtores em estado de alerta máximo.
A demanda por feijão-preto continua alta, mas a oferta limitada tem sustentado preços elevados, com pouca variação. Já o feijão-rajado, outra variedade bastante procurada, é comercializado entre R$ 270 e R$ 280 em Minas Gerais e Goiás. A oferta restrita dessas variedades está contribuindo para a estabilidade dos preços.
Fonte: Portal do Agronegócio
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