Publicado em: 20/01/2014 às 10:55hs
Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria de Agricultura do Estado, os preços do feijão de cor (todo o feijão que não é do tipo preto) já caíram a patamares abaixo do preço mínimo definido pelo governo. As cotações do feijão preto também caminham na mesma direção.
O Paraná, principal Estado produtor de feijão do país, deve ter uma colheita 44% maior nesta primeira safra da temporada 2013/14, que começou a ser colhida em janeiro. A estimativa da Conab é de uma colheita de 434 mil toneladas do grão ante as 300 mil toneladas da primeira safra 2012/13.
A pressão dessa grande produção e alguns problemas de qualidade devido à ocorrência de chuvas neste momento de colheita estão impactando os preços do feijão no Estado, diz o técnico do Deral, Methodio Groxko. No começo deste mês, o produtor recebia R$ 140 pela saca de 60 quilos de feijão. Na sexta-feira, o produto já estava em R$ 126, uma queda de 10%.
No início de janeiro, o feijão de cor estava valendo R$ 88 a saca. Na última sexta-feira já estava sendo negociado a R$ 75, queda de 14,7% e abaixo do preço mínimo, de R$ 95 por saca. "Esse tipo de feijão está passando por uma correção, uma vez que seus preços estavam em patamares muito altos", explica Groxko.
Em 2013, o preço médio do feijão de cor ao produtor do Paraná foi de R$ 149,58 por saca, segundo o Deral. Mas em alguns momentos do ano passado, segundo Groxko, como no mês de maio, a saca chegou a ser negociada a R$ 199,74. "Houve um pequeno desabastecimento na época", lembra.
Os patamares atuais estão bem acima dos preços históricos do grão. Em 2009, o preço médio da saca foi de R$ 68,46. Nos anos seguintes esse valor foi subindo: em 2010 foi de R$ 91,60, em 2011, de R$ 78,06, e em 2012 de R$ 137,70.
Segundo o Deral, até agora 28% da área de 239 mil hectares de feijão da primeira safra no Estado já foi colhida. Até 10 de janeiro, a cultura atravessava um período favorável do ponto de vista climático, no entanto, na última semana, chuvas frequentes passaram a preocupar os produtores cujas lavouras estão em ponto de colheita.
Fonte: Canal do Produtor
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