Publicado em: 17/11/2025 às 18:40hs
O mercado do feijão carioca termina a semana marcado por baixa atividade e negociações praticamente estagnadas. De acordo com Evandro Oliveira, analista da Safras & Mercado, o ambiente de lentidão reflete um comprador altamente seletivo e sem pressa para recompor estoques, diante da ampla oferta vinda de Minas Gerais, Goiás, Paraná e São Paulo.
Segundo ele, embora o volume ofertado nas madrugadas seja considerado razoável, a demanda enfraquecida impede avanços mais expressivos nas negociações.
Um dos poucos pontos com maior fluidez permanece sendo o Sudoeste de São Paulo. A região vem colhendo feijões de boa qualidade — predominantemente nota 8,5, peneira acima de 12 e umidade adequada — o que garante escoamento constante.
Oliveira ressalta que essa vantagem qualitativa em relação a outras origens tem sustentado a região como referência positiva dentro de um cenário nacional de lentidão.
As cotações nominais da Bolsa de Mercadorias permanecem praticamente inalteradas:
Nos estados produtores, o comportamento de preços segue dividido.
Para o feijão preto, o cenário é ainda mais desafiador. Oliveira destaca que o segmento vive seu “pior ponto comercial do período”, com liquidez mínima e compradores sem qualquer urgência. A ampla oferta disponível e a eficiência logística garantem que as indústrias priorizem apenas vendas casadas e atendimento ao varejo, reforçando a paralisia no atacado.
Cotações CIF seguem pressionadas:
Nas origens, quedas se intensificam:
Apesar do ambiente interno desfavorável, o desempenho das exportações segue como destaque. A classe Comum, que inclui o feijão preto, registrou avanço de 7,7% no acumulado do ano, passando de 126,84 mil toneladas para 136,56 mil toneladas entre janeiro e outubro.
Principais destinos e destaques no comércio exterior:
Fonte: Portal do Agronegócio
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