Publicado em: 20/10/2025 às 14:10hs
O mercado de feijão apresentou ritmo lento e preços em queda ao longo da última semana. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), o comportamento mais cauteloso dos compradores e a maior oferta de lotes com umidade acima do ideal têm pressionado as cotações no setor.
Os grãos classificados como “extras” — aqueles com peneira 12 e mais de 90% de rendimento — estão escassos e, por isso, mais valorizados. Segundo o Cepea, muitos produtores com esse tipo de feijão preferem negociar apenas quando há necessidade imediata de liquidez, enquanto os mais capitalizados optam por armazenar o produto, aguardando melhores condições de preço.
A semeadura da safra 2025/26 já alcança 21,1% da área estimada para o primeiro ciclo, conforme dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 11 de outubro.
No Sul do Brasil, o avanço das atividades segue mais lento devido ao excesso de chuvas, enquanto em São Paulo o plantio foi concluído há algumas semanas. Agora, os produtores paulistas se preparam para iniciar a colheita no fim de outubro, favorecidos pelo uso de sistemas de irrigação, que permitem uma janela de colheita antecipada.
As projeções da Conab para a temporada 2025/26 apontam uma produção total de 3,04 milhões de toneladas de feijão, o que representa uma queda de 1% em relação à safra anterior (2024/25).
Essa redução é explicada pela diminuição de 0,4% na área plantada, estimada em 2,68 milhões de hectares, e pela queda de 0,5% na produtividade média, que deve alcançar 1.134 quilos por hectare.
Apesar do recuo geral, o Cepea destaca que a dinâmica da oferta permanece diferenciada entre os tipos de feijão — carioca, preto e caupi —, refletindo particularidades regionais e de mercado que influenciam o comportamento dos preços.
Fonte: Portal do Agronegócio
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