Publicado em: 13/06/2025 às 17:00hs
O mercado do feijão, especialmente o tipo carioca, segue enfrentando um período de fraca atividade. Pelo quarto semana consecutiva, a liquidez permanece baixa e a movimentação no setor é limitada, segundo avaliação do analista da Safras & Mercado, Gabriel Viana.
Mesmo com alta procura por feijões de qualidade superior, como os do tipo extra, os negócios não avançam. A escassez desse tipo de produto continua sendo um dos principais entraves para a efetivação das negociações.
Na sexta-feira (13), cerca de 150 toneladas estavam disponíveis para comercialização, sendo a maior parte de lotes classificados como notas 8 e 8,5, o que evidencia a ausência de volumes mais valorizados.
De acordo com Viana, diante da baixa efetivação de negócios, os preços praticados servem apenas como referência para o mercado atacadista paulista. Os valores registrados foram:
A oferta vinda de outros estados, como Goiás, Minas Gerais e Paraná, tem chegado ao mercado com preços mais competitivos e até com frete incluso, o que pressiona ainda mais os preços no estado de São Paulo e dificulta o escoamento da produção local.
Segundo o analista, essa situação pode intensificar a tendência de queda nos preços nos próximos dias.
Viana também apontou que a falta de propostas concretas, somada à pressão da oferta interestadual e à baixa demanda, mantém o mercado retraído. Corretores relatam crescente dificuldade para sustentar os preços atuais e já alertam para a possibilidade de novas desvalorizações, caso a procura continue fraca.
O cenário para o feijão preto não é diferente: o ritmo das negociações segue lento, mesmo com o aumento na circulação de amostras. Há presença de grãos com boa apresentação, mas também há lotes com impregnação, o que prejudica a uniformidade da oferta.
Os preços dos feijões comerciais variaram entre R$ 130,00 e R$ 140,00 por saca, porém não houve registro de vendas até o fim da semana.
Apesar da instabilidade, o segmento do feijão preto mostrou sinais tímidos de reação, com a negociação de quatro cargas de pequeno volume de feijão preto extra, maquinado e a granel. As operações foram realizadas com comerciantes do bairro do Brás, em São Paulo, a um preço médio de R$ 200,00 por saca.
Mesmo com essa movimentação pontual, o mercado continua enfrentando baixa liquidez e demanda fraca, mantendo um cenário de instabilidade e pressão sobre os preços, concluiu Gabriel Viana.
Fonte: Portal do Agronegócio
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