Publicado em: 27/06/2025 às 19:00hs
A semana começou com ofertas razoáveis de feijão-carioca, mas a procura continuou fraca e altamente seletiva. Segundo o analista Evandro Oliveira, da Safras & Mercado, boa parte do volume disponível era formada por lotes remanescentes, forçando corretores a reduzir as pedidas para evitar maior acumulação nos armazéns.
Os grãos extra (notas 9 e 9,5) — cultivar Dama — recuaram das pedidas iniciais de R$ 305,00/saca para cerca de R$ 260,00/saca, sem negócios relevantes fechados. Esse ajuste contaminou os tipos comerciais (7,5 e 8) e intermediários (8,5), hoje negociados entre R$ 180,00 e R$ 220,00/saca.
Com a falta de compradores ativos no ambiente formal, as poucas transações ocorreram de forma pontual e direta. A escassez de produto premium também limitou as ofertas.
A chegada do feijão irrigado recém-colhido em Minas e a perspectiva de terceira safra — cuja produção de feijões cores deve cair 4,6% segundo a Conab — não foram suficientes para destravar o mercado.
Oliveira prevê que o quadro permaneça travado até o fim da semana; com estoques confortáveis, as indústrias seguem adiando novas compras.
O mercado de feijão-preto também abriu o mês em ritmo moroso. A comercialização segue tímida, com compradores atuando em volumes reduzidos e muita seletividade.
Grandes distribuidoras aproveitaram lotes maiores para barganhar e tentar baixar ainda mais as cotações.
Apesar de oferta relativamente regular, a demanda não reage. Compradores aguardam possíveis quedas adicionais antes de se comprometerem.
Para ambas as variedades, a demanda efetiva segue muito baixa. A combinação de oferta — ainda que controlada ou proveniente de sobras — com hesitação dos compradores gera um ambiente de paralisação, onde negócios pontuais viram exceção que confirma a regra.
Fonte: Portal do Agronegócio
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