O relatório recentemente divulgado pela CONAB causou surpresa e descontentamento entre especialistas do setor. Segundo o documento, há uma produção de feijão-preto superior em 176 mil toneladas em relação às 332 mil toneladas registradas no ano passado. Esta informação gera perplexidade, uma vez que, considerando tanto a exportação quanto o consumo interno, o mercado deveria estar saturado, com os armazéns completamente cheios e os preços mais baixos.

A discrepância entre a quantidade produzida e os preços atuais, que giram em torno de R$ 300, é difícil de justificar. A alegação de que os produtores estariam especulando para manter altos os preços não convence. Em um cenário de oferta abundante, seria improvável que os compradores mantivessem os preços elevados no campo, onde os valores alcançam até R$ 270 a R$ 300. A situação atual sugere que o relatório da CONAB não reflete a realidade do mercado, levando a questionamentos sobre a precisão dos dados apresentados.