Publicado em: 16/09/2025 às 11:15hs
O vazio sanitário do feijão-comum (Phaseolus vulgaris) em Goiás terá início no próximo sábado, 20 de setembro, e seguirá em vigor até 20 de outubro de 2025. A medida é obrigatória em 57 municípios goianos, conforme determina a Instrução Normativa nº 3/2024 da Agrodefesa (Agência Goiana de Defesa Agropecuária).
O objetivo é conter a disseminação de viroses transmitidas pela mosca-branca (Bemisia tabaci), entre elas o mosaico-dourado do feijoeiro (Bean golden mosaic vírus), uma das pragas mais severas para a leguminosa.
Segundo José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, a ação faz parte do Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas da Cultura do Feijoeiro Comum.
“O mosaico-dourado pode provocar perdas de 40% a 100% da lavoura. O vazio sanitário é essencial para reduzir o risco de disseminação e evitar grandes prejuízos econômicos ao produtor”, destacou.
De acordo com Leonardo Macedo, gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, o vazio sanitário atua interrompendo o ciclo das viroses.
“Sem plantas vivas de feijão no campo, a mosca-branca perde sua fonte de alimento e de inóculo viral, o que diminui significativamente a população da praga e a transmissão do vírus nas próximas safras”, explicou.
O coordenador do programa, Maxwell Carvalho de Oliveira, reforça que o descumprimento da norma pode resultar em multas e destruição da lavoura. Todas as plantas de feijoeiro, cultivadas ou voluntárias, devem ser eliminadas com controle químico ou mecânico.
A lista de municípios abrange importantes regiões produtoras de Goiás, incluindo: Cristalina, Luziânia, Formosa, Catalão, Cristalina, Uruaçu, Valparaíso, Ipameri, Orizona, Planaltina e Silvânia, entre outros. Ao todo, 57 cidades estão sob a obrigatoriedade do calendário de semeadura e vazio sanitário.
Segundo a Embrapa, a mosca-branca é considerada uma praga-chave do feijão no Brasil, atuando como vetor do mosaico-dourado, doença causada por um geminivírus.
O impacto da praga pode chegar a 100% de perdas em áreas infestadas, tornando-se uma das principais limitações ao cultivo da leguminosa no país. Atualmente, o mosaico-dourado está presente em todas as regiões produtoras brasileiras.
Fonte: Portal do Agronegócio
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