O transporte de grãos no Paraná registrou aumento de preços em julho, segundo o Boletim Logístico de agosto divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O crescimento nos fretes é consequência da maior demanda por armazenagem por parte de tradings, cooperativas e cerealistas, aliada à escassez de espaço nos armazéns.
Soja e milho registram alta nos fretes
A variação nos fretes dependeu da região e do tipo de grão:
- Soja: aumento de 11,11% em Cascavel, 13,33% em Campo Mourão e 61,64% em Ponta Grossa.
- Milho: alta de 8% nos embarques para o Rio Grande do Sul e 13,33% para Paranaguá.
- A elevação dos custos de transporte reflete a intensa movimentação do mercado e a necessidade de logística para escoamento da produção.
Comercialização das safras 2024/25
A Conab detalhou a situação da comercialização dos principais grãos:
- Milho primeira safra: 81,3% negociados; soja primeira safra: 68,6% comercializada.
- Milho segunda safra: 64% da área colhida, com 33,6% da produção vendida. Em Toledo, a colheita atingiu 88%, com 26,4% comercializado.
- Feijão primeira safra: colheita concluída e 97,5% da produção comercializada, principalmente em Pato Branco e Ponta Grossa.
- Feijão segunda safra: 100% da área colhida e 71,6% da produção negociada. Em Pato Branco, o feijão foi direcionado a São Paulo, e em Ponta Grossa, para Rio de Janeiro e São Paulo, com fretes estáveis em relação a junho.
Cenário logístico e mercado
O aumento nos fretes destaca a importância da logística eficiente no escoamento da produção agrícola, especialmente em períodos de alta demanda por armazenagem. A Conab reforça a necessidade de acompanhamento constante do mercado para evitar impactos adicionais nos custos e na competitividade do setor.