Feijão e Pulses

Exportações de feijão batem recorde histórico em 2025, mas mercado interno segue com ritmo lento e negociações pontuais

Brasil exporta mais de 500 mil toneladas e atinge maior volume da série histórica


Publicado em: 11/12/2025 às 18:00hs

Exportações de feijão batem recorde histórico em 2025, mas mercado interno segue com ritmo lento e negociações pontuais

As exportações brasileiras de feijão atingiram um marco histórico entre janeiro e novembro de 2025, totalizando mais de 500 mil toneladas — o maior volume registrado desde o início da série da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 1997.

Apesar do avanço expressivo nas vendas externas, o mercado doméstico segue com ritmo moderado, com negociações pontuais e foco na reposição de estoques, segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Feijão carioca mantém estabilidade com demanda seletiva

No mercado interno, os preços do feijão carioca permanecem estáveis, influenciados por um comportamento mais seletivo da demanda. A oferta atual é composta, em sua maioria, por grãos de qualidade superior, o que tem sustentado as cotações em determinadas regiões.

Segundo a CNA, o feijão de notas 9 ou superiores, com coloração clara, boa peneira e baixa umidade, tem sido concentrado na colheita paulista, garantindo estabilidade nos preços.

Entre 28 de novembro e 5 de dezembro, o produto registrou alta de 0,42% em Itapeva (SP). Já em Sorriso (MT) e no Noroeste de Minas, o comportamento mais firme dos produtores irrigantes da terceira safra resultou em aumentos de 1,03% e 0,54%, respectivamente. No Centro e Noroeste Goiano, houve pequenas retrações nos preços.

Feijão carioca intermediário reduz diferença de preços

Os grãos de notas 8 e 8,5 apresentaram valorização em várias praças, aproximando seus preços dos feijões de maior qualidade. A diferença, que antes era mais expressiva, caiu para cerca de 5,5% no início de dezembro.

De acordo com o levantamento, as principais altas foram observadas em Itapeva (SP) (+3,24%), Noroeste de Minas (+3,21%), Centro/Noroeste Goiano (+2,72%) e Leste Goiano (+0,88%).

Entretanto, a cautela dos compradores resultou em quedas nas cotações do Sul Goiano (-3,44%), Barreiras (BA) (-0,90%) e Sorriso (MT) (-0,51%).

Feijão preto ainda sofre pressão da safra anterior

O mercado do feijão preto tipo 1 continua pressionado pela alta disponibilidade de grãos remanescentes da safra 2024/25. Com estoques elevados, os produtores têm vendido conforme a necessidade de caixa ou para liberar espaço nos armazéns, enquanto os compradores mantêm postura mais conservadora.

Segundo o boletim da CNA, os preços subiram 0,9% em Curitiba (PR) e apresentaram leve recuo de 0,4% na Metade Sul do Paraná.

Fonte: Portal do Agronegócio

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