O mês de março sinaliza a reta final do plantio das lavouras de segunda safra, destacando-se a possibilidade de uma colheita recorde de feijão-preto. Campos plantados entre dezembro e janeiro podem contribuir para uma colheita antes do final de abril. Uma análise comparativa aponta uma redução na produtividade do feijão-carioca em estados chave, como Minas Gerais, Bahia e São Paulo, indicando uma expectativa de colheita de 4% em março e cerca de 21% em abril, totalizando 559 mil toneladas até julho.

Quanto ao feijão-preto, a CONAB projeta uma produção de 350 mil toneladas, mas considerando um aumento de 5% no volume colhido no Paraná, há indicativos de que a cifra real possa atingir entre 390 a 400 mil toneladas. A ressalva é feita em relação às condições climáticas, que podem influenciar significativamente os resultados. Com a proximidade da terceira safra irrigada após a colheita do feijão-carioca, surge a questão sobre a viabilidade do cultivo menos explorado.

A presença do Rajado no mercado desanimou exportadores, enfrentando desafios com feijões escurecidos durante o transporte até a Índia. No entanto, tanto o Rajado quanto o Vermelho possuem demanda interna, e há a possibilidade de exportação para importadores cientes dos riscos associados à perda da cor durante o transporte.