Feijão e Pulses

Estresse hídrico atrasa semeadura e afeta produtividade do feijão no Rio Grande do Sul

Falta de chuvas compromete desenvolvimento das lavouras em várias regiões do Estado, segundo levantamento da Emater/RS-Ascar


Publicado em: 17/12/2025 às 12:00hs

Estresse hídrico atrasa semeadura e afeta produtividade do feijão no Rio Grande do Sul
Semeadura do feijão avança lentamente no Estado

A semeadura do feijão da primeira safra atingiu 60% da área prevista no Rio Grande do Sul, de acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar. O avanço esperado para o início de dezembro foi adiado devido à escassez de chuvas, especialmente nos Campos de Cima da Serra, onde o solo permanece seco.

Atualmente, 51% das lavouras estão em fase vegetativa, 19% em floração, 17% em enchimento de grãos, 9% em maturação e 4% já foram colhidas.

Falta de chuvas e calor intenso prejudicam lavouras

Segundo a Emater/RS-Ascar, o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo das lavouras segue, em geral, dentro da normalidade. Contudo, o estresse hídrico tem causado perdas de produtividade em diversas regiões do Estado.

A combinação de solos secos e temperaturas elevadas reduziu o crescimento das plantas, ocasionou abortamento de flores e comprometeu o pegamento de vagens. Apesar disso, a entidade informa que as condições fitossanitárias permanecem dentro dos padrões adequados.

Produtividade e área cultivada estimadas

Para esta safra, a Emater/RS-Ascar estima uma área total de 26.096 hectares cultivados, com produtividade média prevista de 1.779 kg por hectare.

Na região administrativa de Ijuí, a colheita já começou nas lavouras menos afetadas pela seca. No entanto, áreas ainda em floração e formação de vagens apresentam sintomas severos de estresse hídrico, com queda de flores e folhas e redução no número de vagens.

Situação regional: Pelotas e Santa Maria

Em Pelotas, 74% da área projetada já foi semeada, sendo 44% das lavouras em fase vegetativa, 31% em florescimento, 23% em formação de grãos e 2% em maturação.

Já em Santa Maria, a semeadura foi totalmente concluída, e cerca de 70% das áreas estão em fase reprodutiva. Algumas lavouras mais adiantadas, aproximadamente 10%, já iniciaram a colheita, com rendimento médio de 1.414 kg por hectare.

Fonte: Portal do Agronegócio

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