Feijão e Pulses

Desafios climáticos impactam preços do feijão na primeira safra 2023/24

Condições meteorológicas adversas prejudicam plantio e afetam oferta, resultando em significativos ajustes nos valores


Publicado em: 15/01/2024 às 12:50hs

Desafios climáticos impactam preços do feijão na primeira safra 2023/24

No decorrer da semana, o mercado do feijão carioca experimentou uma movimentação moderada, impulsionando uma nova escalada nos preços. Mesmo diante da hesitação inicial dos compradores frente às elevações, as vendas foram consideradas satisfatórias, atingindo cerca de 8,5 mil sacas de um total de 23 mil entradas. O analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, destaca que, apesar dos preços mais elevados, a ausência de mercadorias direcionou a demanda para o feijão comercial, registrando novas entradas ao longo da semana.

Feijão Carioca em Destaque

A média da saca do feijão carioca extra nota 9 na Bolsinha paulista encerrou a semana cotada a R$ 385, representando um aumento de 10% em relação à semana anterior e uma alta de aproximadamente 11,59% em comparação ao mesmo período do mês passado. A persistente escassez manteve o feijão carioca extra nota 9,5 robusto, enquanto outros segmentos enfrentaram um mercado travado com preços estáveis. O forte reajuste no início da semana impactou negativamente as vendas.

Desafios Climáticos no Plantio da Primeira Safra

O início do plantio da primeira safra enfrentou desafios climáticos significativos, com inundações devido ao grande volume de chuvas no Paraná. Enquanto em Minas Gerais, a estiagem intensa e temperaturas elevadas causaram atrasos. A Bahia também sofreu com uma estiagem persistente. O feijão, uma das culturas mais afetadas, enfrentou contratempos, desde excesso de chuvas e granizo em São Paulo até estiagem severa em Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Bahia.

Oferta e Demanda em Equilíbrio Precário

A semana encerrou com estabilidade, operando principalmente com as sobras do dia anterior. A oferta limitada não estimulou uma demanda expressiva, com as vendas abaixo das expectativas, influenciadas pelo reajuste de preços no início da semana. Nas próximas semanas, uma demanda modesta já é suficiente para uma valorização esperada para o mês seguinte. Espera-se um movimento maior nos empacotadores, estendendo-se com mais intensidade nos produtores.

Feijão Preto em Destaque

No mercado de feijão preto, a semana iniciou com uma quantidade razoável de amostras, acompanhada por um aumento significativo nos preços. A oferta atingiu cerca de 2 mil sacas ao longo da semana, sendo que metade desse volume encontrou compradores. A média da saca do feijão preto extra na Bolsinha paulista fechou cotada a R$ 420, representando um aumento de 6,33% em relação à semana anterior e 9,09% em relação ao mesmo período do mês passado. Em comparação ao mesmo período de 2023, houve um acréscimo de aproximadamente 31,25%. O mercado passou a operar com um volume ainda mais restrito de amostras durante a semana, sem alterações nas cotações durante a madrugada. A incerteza sobre a disponibilidade futura e a crescente dependência das importações adicionam cautela ao ambiente de negociações.

Fonte: Portal do Agronegócio

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