Feijão e Pulses

Custo maior e ataque de lagarta preocupam produtor de feijão no PR

Equipe do projeto Caminhos da Safra mostra que cultura ficou mais cara em momento de queda nos preços


Publicado em: 24/03/2014 às 19:30hs

Custo maior e ataque de lagarta preocupam produtor de feijão no PR

Produtores de feijão do Paraná, maior produtor do país, entraram em 2014 com o pé esquerdo. O aumento nos custos de produção, impulsionado fortemente pelo controle de pragas como a lagarta falsa medideira, coincidiu com o mercado em queda livre.

"Atualmente, o mercado está pagando ao produtor de feijão cerca de 20% abaixo do preço mínimo", apontou em nota a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado (SEAB).

Na região de Cascavel (490 km de Curitiba), espera-se redução na área plantada para a segunda safra, em razão dos fracos resultados obtidos até o momento.

Em fevereiro, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) anunciou uma ação de compra para garantir o preço mínimo do produto: R$ 95,00 a saca de 60 quilos. No Paraná, serão adquiridas 35 mil toneladas.

"O problema do feijão é comércio. No ano que todo mundo planta bastante, não tem comprador. São poucas empresas que compram. Esta safrinha promete ser boa, porque pouca gente plantou e o preço tende a melhorar", diz Deniel Frizon, agrônomo da Coopavel, uma das grandes cooperativas agroindustriais do oeste paranaense.

Coordenador do Departamento Técnico da cooperativa, o também agrônomo Mário Lúcio de Mello diz que a cultura do feijão, por suas características, permite menos margem de manobra para o produtor.

"O feijão é complicado porque tem que ser consumido rápido, logo após a colheita, senão ele perde cor e qualidade. Então você não tem como armazenar por muito tempo para esperar um preço melhor", explica.

Não bastassem as dificuldades de comercialização, os produtores vêm enfrentando pesados ataques da lagarta falsa medideira, que veio da soja para as lavouras de feijão.

"Estamos com um problema no feijão que é maior do que na soja. O feijão é mais fechado e é mais difícil de matar", diz Elci Dalgalo, um dos maiores produtores da região.

Frizon, que presta assistência técnica a 20 propriedades rurais na região de Cascavel, diz que o controle da lagarta é simples, desde que seja feito preventivamente. "Do contrário, o estrago pode ser grande", disse.

Fonte: Globo Rural

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