Publicado em: 21/11/2025 às 09:00hs
O agronegócio brasileiro vive um momento de reposicionamento no cenário mundial. Além dos tradicionais destaques em soja, milho, carne bovina e café, o país passa a ser reconhecido não apenas pelos volumes exportados, mas pela capacidade de entregar valor agregado, tecnologia, sustentabilidade e rastreabilidade.
Segundo análise de Daniel Barbosa, CEO da Fex Agro, o Brasil começa a construir um novo papel no abastecimento global, tornando-se parceiro estratégico de grandes mercados, especialmente na Ásia.
A tendência é especialmente perceptível na relação com países asiáticos, em destaque a China — principal destino das exportações do Brasil há cerca de duas décadas. Agora, essa parceria comercial evolui para um modelo que valoriza qualidade, transparência e confiança entre agentes públicos e privados.
Esse avanço se reflete em cadeias produtivas que antes tinham participação limitada no comércio exterior, mas hoje ganham espaço expressivo na pauta exportadora.
Dados do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE) mostram um salto significativo nas vendas externas dessas culturas emergentes. Até setembro de 2025, o país exportou:
Esses resultados reforçam a diversificação do agro brasileiro e mostram que há espaço para ampliar a presença do país em segmentos de alto valor na Ásia.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) ampliou recentemente para 61 o número de estabelecimentos autorizados a exportar gergelim para a China, responsável por 38% do consumo global do produto.
Essa expansão representa mais que um avanço comercial: é um reconhecimento direto da capacidade sanitária, da governança e do rigor institucional da produção brasileira.
A Fex Agro reforça que o Brasil tem potencial para ampliar ainda mais sua inserção na Ásia. A empresa estruturou um modelo de originação baseado em rastreabilidade, qualidade e previsibilidade, garantindo que o produto colhido no Mato Grosso chegue ao consumidor asiático com integridade e confiabilidade.
Segundo Barbosa, o objetivo é atuar como um elo sólido entre produtores e os principais polos de consumo do mundo.
Consumidores do Sudeste Asiático demonstram crescente interesse por alimentos com procedência garantida, estabilidade de fornecimento e compromisso ambiental. Esse movimento favorece o Brasil, que reúne:
Essa combinação coloca o país em posição diferenciada frente à concorrência global.
As duas culturas ganharam protagonismo por serem eficientes, adaptadas ao clima brasileiro, rentáveis e com demanda crescente nos mercados asiáticos. Porém, mais do que bons números, elas representam a capacidade nacional de transformar conhecimento agronômico em competitividade internacional.
Cada tonelada exportada, cada reconhecimento internacional e cada novo mercado conquistado reforçam a construção de uma ponte sólida entre o Brasil e a Ásia.
De acordo com a Fex Agro, o país deixa de ser apenas um grande produtor e assume o papel de parceiro estratégico e confiável para a segurança alimentar global.
“O Brasil não é mais apenas o celeiro do mundo. Está se tornando um guardião da segurança alimentar global”, resume Barbosa.
Fonte: Portal do Agronegócio
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