Feijão e Pulses

Área de plantio do feijão será 4,2% menor

No caso do feijão a Conab estimou uma retração de 4,2% na área de plantio da primeira safra, que totalizou 178,8 mil hectares


Publicado em: 12/02/2014 às 12:30hs

Área de plantio do feijão será 4,2% menor

No caso do feijão a Conab estimou uma retração de 4,2% na área de plantio da primeira safra, que totalizou 178,8 mil hectares. Fatores como os riscos climáticos e melhor competitividade dos mercados de milho e soja promoveram a queda. Apesar da redução na área é esperado um incremento no volume a ser colhido.

A produtividade média estimada é de 1,26 tonelada por hectare, 54,6% superior à da safra passada, que sofreu perdas com a infestação dos campos pela mosca branca, com estiagem no período de desenvolvimento das lavouras e com chuvas, na época da colheita. Com a recuperação, a produção deve aumentar 48,1%, passando de 152,7 mil para 226,2 mil toneladas na safra atual.

De acordo com os técnicos da Conab, mais de 40% das lavouras já foram colhidas, favorecida pelo tempo seco e quente registrados em janeiro, gerando um produto de boa qualidade.

Para a segunda safra as estimativas preliminares apontam para uma redução da ordem de 5,1% na área a ser cultivada com feijão no Estado, passando de 148 mil hectares em 2012/13 para 140,5 mil hectares na safra atual.

Ainda segundo a Conab, os baixos preços de mercado, o oneroso e difícil controle da mosca branca aliados ao vazio sanitário, que proíbe o plantio de feijão no período de 1º de janeiro a 30 de março em 18 municípios da região Noroeste de Minas Gerais, são fatores que devem pressionar para a retração da área de plantio da segunda safra de feijão.

Esta redução ainda poderá ser maior, considerando que importantes regiões produtoras, como o Sul de Minas, ainda não sinalizaram a intenção de plantio devido ao efeito da estiagem prolongada. O plantio deve começar neste mês e se estender até março. A produtividade média estimada é de 1,4 tonelada por hectare, o que deve gera uma produção de 196,7 mil toneladas de feijão segunda safra, variação positiva de apenas 0,9%.

Segundo o superintendente do Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Pierre Vilela, com mais de 60 dias sem chuva, a implantação da segunda safra se torna cada vez mais difícil e Minas Gerais corre o risco de não ter a safra de inverno.

"Janeiro, normalmente, é marcado por um longo período chuvoso, o que favorece a implantação da segunda safra. A partir de fevereiro as chuvas vão se tornando cada vez menos volumosas e caminhando para um inverno seco. Com a situação atual, até mesmo as áreas irrigadas devem ser reduzidas".

Fonte: Diário do Comércio

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